PETR3 ou PETR4? BTG diz qual ação da Petrobras vale mais a pena investir e receber dividendos

As ações da Petrobras sempre estão no radar dos investidores, pelos seus dividendos ou pela qualidade do ativo. Mas, afinal, qual papel escolher: ações ordinárias (PETR3) ou preferenciais (PETR4)? Na disputa, o BTG Pactual mantém as duas na carteira. 

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Em relatório, o BTG aponta que, ao longo da última década, as ações ordinárias (PETR3) da Petrobras mantiveram uma média de prêmio de 19% sobre as ações preferenciais (PETR4), que dão prioridade para a distribuição de dividendos.

No entanto, esse cenário tem mudado, com as ações sem direito a voto em assembleia (PETR4, as preferenciais da Petrobras) passando a apresentar um desempenho superior ao da PETR3 na bolsa. Com isso, o prêmio das ações ordinárias diminuiu para apenas 3%, o menor nível em 10 anos. 

Para o BTG, os picos no prêmio das ações ordinárias (PETR3), em 2016 e 2018, podem ser atribuídos à narrativas que sugeriam uma inclinação em direção à privatização da estatal nesse período. 

Além disso, um impacto foi a maior confiança de que ambas as classes de ações da Petrobras começariam a receber dividendos equivalentes, ao contrário de períodos anteriores em que os acionistas preferenciais recebiam pagamentos mais altos.

Contundo, com baixas chances de privatização no curto prazo, os investidores devem ser menos propensos a deter ações com direito a voto.

Os analistas também explicam que outra justificativa para o desempenho superior das ações preferenciais pode ser o programa de recompra de ações da Petrobras, anunciado em agosto passado, que contempla exclusivamente ações sem direito a voto. A estatal já adquiriu cerca de 60% do montante máximo estabelecido no programa.

O banco permanece com recomendação de compra para ambos os papéis, com preço-alvo a US$ 16,35 para (ADRs), que são negociados em Nova York.

Petrobras: BTG não vê redução de dividendos

Com o orçamento fiscal do governo em destaque, os analistas do BTG não preveem a redução nos pagamentos para as ações ordinárias (que representam 78% da participação econômica do governo na Petrobras).

“O programa [recompra] provavelmente continuará a se concentrar exclusivamente em ações preferenciais, pois recomprar ações ordinárias adicionaria complexidade, oferecendo suporte técnico adicional para as ações preferenciais”, destacou o BTG. 

O banco também aponta que ambas as classes estão sendo negociadas com dividend yield muito semelhantes em 2024, cerca de 12,4% para as ordinárias e 12,8% para as preferenciais – e 16%, caso haja pagamento de dividendos extraordinários,

“Temos defendido as ações PETR4 algum tempo, e embora reconheçamos que o potencial de valorização relativa seja menor agora, não acreditamos que os investidores devam preferir PETR3 penas com base no desempenho histórico”, conclui o BTG.

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Estatal não renova licença de marcas para a Vibra (VBBR3)

Petrobras informou que notificou a Vibra Energia (VBBR3) que não tem interesse em prorrogar o prazo de vigência nos termos do atual contrato de licença de uso de marcas da companhia.

O acordo teve início em 28 de junho de 2019 e se encerrará em 28 de junho de 2029. O referido contrato seguirá vigente, sujeito aos termos e condições contratuais, informou a Petrobras.

“A não renovação da licença permitirá a eventual avaliação de novas estratégias de gestão de marca e oportunidades de negócios para a Petrobras. Qualquer decisão observará a governança da companhia”, diz a estatal.

Também em comunicado, a Vibra Energia, que tem origem na privatização da BR Distribuidora, afirmou que o comunicado da Petrobras “não gera qualquer mudança na estratégia da companhia em relação aos seus revendedores e clientes em geral”.

Disse, ainda, que a “possibilidade da não renovação do contrato após 2029 já fazia parte dos planos de médio e longo prazo da empresa”.

Cotação

Na tarde desta quarta-feira (10), as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) caem 1,23%, cotadas a R$ 37,63, enquanto as ordinárias (PETR3) tem queda de 1,22%, a R$ 38,94.

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Vinícius Alves

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