Paulo Guedes: ‘Pela 1ª vez em 42 anos, Brasil crescerá mais do que a China’

O ministro da economia Paulo Guedes afirmou que o Brasil deve encerrar o ano de 2022 com um crescimento econômico maior do que a China – considerada o ‘motor de crescimento global – pela primeira vez nos últimos 42 anos. Os comentários foram tecidos em entrevista ao Flow Podcast, feita na noite de terça-feira (27).

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O ministro Paulo Guedes disse isso baseado no fato de que, para o fim do ano, a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) da China é de 2,8%, ao passo que o Brasil já cresceu 2,5% somente nos primeiros seis meses do ano.

As expectativas do último Boletim Focus do Banco Central (BC) estimam 2,65% de crescimento para o fim deste ano, ante 0,5% de alta do PIB no ano de 2023. O primeiro número foi revisado para cima, ante estabilidade do segundo com relação à última leitura do Focus.

Paulo Guedes também pontuou que “privatizaria tudo, inclusive a Petrobras”.

“Por ora [o país] está condenado à mediocridade por monopólio ineficiente”, disse.

O economista também afirmou que o teto de gastos foi mal construído por um de seus antecessores, o economista Henrique Meirelles. O ministro disse que o arcabouço fiscal brasileiro faz com que, sucessivamente, o piso do teto seja elevado.

Temer fez o teto, mas sem parede, nem consertou o chão. Parece a música do Vinicius de Moraes, uma casa muito engraçada”, exemplificou.

Além disso, citou que os eventuais furos do teto foram necessários quando feitos por ele e sua equipe.

“Sabe o que aconteceu com nossos gastos? Saíram de 19% do PIB para 26,5%, para ajudar a população brasileira. No ano seguinte, 18,7%. Voltou tudo. Então nós furamos o teto tipo Papai Noel, desceu por ali para entregar presente para todo mundo e subiu de novo”, explicou.

“Fizemos uma chaminezinha para entregar presente para todo mundo. Furar o teto? Sim, mas o governo é o primeiro que vai sair gastando menos do que quando chegou”, acrescentou.

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Paulo Guedes pede ‘tolerância’ com gestão da pandemia

Sobre a gestão da pandemia, o ministro disse que ‘as pessoas subiram em cadáveres para fazer política’, comentando que o debate público precisaria ter mais tolerância com um eventual governo de direita em uma pandemia após ’30 anos de esquerda’.

“Surpreendeu a falta de humanidade, de solidariedade, disfarçada de vontade de ajudar. Quer dizer, hipocritamente. O sujeito atacava em vez de ‘olhem, tentem isso, tentem aquilo'”, afirmou Paulo Guedes.

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Eduardo Vargas

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