Enauta (ENAT3) quer comprar campos para subir produção no curto prazo

A Enauta (ENAT3) disse que tem intenção de adquirir campos no mar ou em terra já em produção para aumentar seus volumes de petróleo no curto prazo.

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Em entrevista à agência internacional Reuters, o CEO da Enauta, Décio Oddone, afirmou que o objetivo é que a empresa se torne a maior produtora independente do país entre 2025 e 2026.

Entretanto, Oddone ressalta que ainda não foi definido um orçamento específico para a aquisição desse tipo de ativo, de forma que os investimentos para alcançar o objetivo vão depender de oportunidades no caminho.

“O ideal é fazer isso de forma gradual, a não ser que surja uma oportunidade imperdível e tentadora”, disse o executivo no evento Rio Oil & Gas, no Rio de Janeiro. “A gente pode até acessar mercado de capitais para isso. Vai depender da oportunidade”, destacou.

Atualmente, a Enauta possui ativos em sete bacias, conforme as informações disponíveis no site da companhia. Entre elas, a Foz do Amazonas e Pará-Maranhão, localizadas na Margem Equatorial, uma área de grande potencial produtivo ainda inexplorado na costa brasileira por ser ambientalmente sensível.

Além disso, possui produção de gás no campo de Manati, na Bacia de Camamu, no litoral da Bahia, e de óleo no campo de Atlanta, em águas profundas da Bacia de Santos.

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Enauta: poços do Campo de Atlanta voltam a operar

Os três poços do Campo de Atlanta, da Enauta (ENAT3), voltaram à operação nesta semana, segundo comunicado arquivado pela companhia na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na última quarta-feira (21).

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Atualmente o Campo de Atlanta está em processo de comissionamento da nova planta de tratamento de água e estabilização da produção, segundo a Enauta.

A atualização feita pela companhia vem logo após o comunicado da semana anterior, quando a empresa anunciou a retomada do poço 7-ATL-2HP-RJS, conforme reportado pelo Suno Notícias. No dia desse comunicado as ações da Enauta chegaram a subir 4% no intradia.

Essa retomada na produção vem após a empresa enfrentar semanas de manutenção com problemas em algumas seções do seu mangote. Esse período contempla uma janela do dia 1º de julho até 17 de agosto.

“Ao longo deste mês, será feito o comissionamento da nova unidade de tratamento de água com aumento de capacidade e ocorrerá a estabilização da produção de Atlanta”, tinha dito a empresa.

Durante a parada foram realizados trabalhos de inspeção e adequação da plataforma (FPSO) Petrojarl I para extensão do contrato de afretamento por um período adicional de até dois anos.

“Ao longo dos próximos meses essas atividades serão concluídas, de forma a permitir que, até o final do ano, a entidade classificadora possa avaliar a condição geral do FPSO e confirmar a extensão de sua vida útil”, segue o comunicado

Além disso, a pausa serviu para que fossem atendidas demandas do Ministério do Trabalho, e realizadas operações de inspeção e adequação do FPSO Petrojarl I, para extensão do contrato de afretamento por um período adicional de até dois anos.

O Campo de Atlanta é o único produtor de óleo da companhia, responsável por 11,4 mil barris de óleo equivalente (boe) na média diária durante o segundo trimestre deste ano.

O Campo é operado pela sua subsidiária integral, Enauta Energia S.A., que detém 100% do ativo.

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Victória Anhesini

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