Paulo Guedes terá que esclarecer caso da offshore ao STF e à PGR

O ministro Paulo Guedes terá que se explicar à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso da sua empresa offshore que movimentou o noticiário nesta semana.

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Os advogados de Paulo Guedes devem apresentar um parecer sobre a questão às autoridades, explicando que o ministro teria se afastado da gestão da offshore (chamada Dreadnoughts) no fim de 2018 – em dezembro, um mês antes de assumir como ministro.

Em nota oficial, a defesa do ministro negou que Guedes tenha atuado de forma a misturar interesses públicos com privados.

Assinada pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso e enviada pela assessoria de imprensa do Ministério da Economia, a nota informou que os documentos a serem enviados aos dois órgãos mostram não ter havido nenhuma remessa ou retirada de valores para a companhia, que funciona nas Ilhas Virgens Britânicas, desde que Guedes tomou posse como ministro da Economia.

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A defesa negou que ele tenha se beneficiado de forma privada de qualquer decisão relativa à política econômica brasileira.

Segundo o comunicado, toda a documentação e informação pessoal do ministro foi enviada à Comissão de Ética Pública e aos demais órgãos competentes, no início do mandato. A nota classificou de “ilações e mentiras” as acusações de que o ministro tenha usado o cargo para aumentar a fortuna pessoal.

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O texto acrescenta que Guedes juntará todos os documentos necessários para demonstrar que não violou o Código de Conduta da Alta Administração Federal nem a Lei de Conflitos de Interesses.

De acordo com a nota, o ministro permanece à disposição das autoridades públicas e do Congresso Nacional para prestar esclarecimentos.

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Entenda o caso da offshore de Paulo Guedes

Na terça (5), a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou convocação para que Guedes detalhe a participação na offshore.

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou o convite para que Guedes e o presidente do Banco Central, que manteve uma offshore no Panamá até outubro de 2020, apresentem explicações.

Na segunda (4), a PGR abriu uma investigação preliminar sobre o caso.

No domingo (3), Paulo Guedes e Campos Neto informaram que as offshores foram declaradas à Receita Federal, ao Banco Central, à Comissão de Ética Pública da Presidência da República e às demais autoridades competentes. A existência das empresas no nome deles foi revelada pelo Pandora Papers, investigação de um consórcio internacional de jornalistas com base em documentos vazados de 14 escritórios de advocacia no exterior.

Com informações da Agência Brasil

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Eduardo Vargas

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