Petrobras (PETR3) perde participação no mercado de Gás: o que isso significa para o Brasil?
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A PETR3 nos contratos de longo prazo com distribuidoras de gás natural caiu de 100% para 69% entre 2021 e o fim de 2024, de acordo com um levantamento divulgado nesta segunda-feira, 25. O estudo é do Observatório do Gás Natural, com apoio do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Ministério de Minas e Energia (MME) e Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da Fundação Getulio Vargas (FGV Ceri).

O mercado de gás natural brasileiro está passando por uma abertura gradual, mas a competição ainda não atingiu o consumidor final, mantendo os preços elevados. Apesar do aumento no número de agentes autorizados e consumidores livres, o setor continua concentrado em grandes consumidores industriais.
Crescimento no número de agentes e disparidade de preços por região
O número de empresas autorizadas a comercializar gás natural cresceu em média 15% ao ano, atingindo 226 em agosto de 2025. Já o número de agentes autorizados ao carregamento na malha de transporte aumentou 19% ao ano. No mercado livre, grandes empresas que compram gás diretamente cresceram 70% ao ano.
Apesar disso, as limitações operacionais e regulatórias ainda restringem a efetiva atuação das empresas. No Nordeste, o preço do gás é 20% menor do que no Sudeste, devido a regras mais flexíveis que estimulam a concorrência.
“Sem concorrência efetiva, a indústria brasileira paga em média R$ 43,65 a mais por milhão de BTUs do que nos Estados Unidos. Em 2021, essa diferença gerou um impacto de R$ 2,48 bilhões no Custo Brasil“, diz o comunicado.
O estudo aponta que a plena abertura do mercado de gás pode gerar uma economia anual de até PETR3 bilhões para o País.
Com informações da Agência Estado