Desaceleração global faz Opep reduzir previsão de demanda do petróleo

Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduz previsão de demanda mundial de petróleo para 2019, nesta terça-feira (12).

No entanto, o motivo do corte na previsão de produção de petróleo é devido a desaceleração das economias mundiais. Além disso, também foi levado em conta as expectativas de crescimento da oferta e o desafio de evitar um superávit enquanto são feitos novos cortes na produção.

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De acordo com o relatório mensal da Opep, a previsão de crescimento econômico baixou. No entanto, o relatório ainda estima que a demanda por petróleo cairia para 30,59 milhões de barris por dia. Ou seja, 240 mil barris por dia a menos do que o previsto no último mês.

Acordo da Opep+

A Opep+ é uma aliança formada pela Opep, Rússia e outros produtores aliados.

No entanto, a Opep+ decidiu em dezembro reduzir a oferta em 1,2 milhão de barris por dia a partir de 1º de janeiro para evitar o excesso de oferta. Dessa forma, a Opep tinha acordado cortar a produção de 800 mil barris por dia.

De acordo com o relatório da Opep, a produção de petróleo caiu 797 mil barris por dia, ficando em 30,806 barris por dia em janeiro.

Opep e Rússia

Arábia Saudita segue tentando convencer a Rússia a formalizar um acordo com a Opep.

Dessa forma, a Arábia Saudita passaria a controlar os preços e as exportações mundiais de petróleo.

No entanto, essa é a segunda tentativa em ano dos sauditas. Em contrapartida, os russos acreditam que a ideia pode beneficiar mais o país do Oriente Médio do que a si, e por isso, não deve realizar o acordo.

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Além disso, o possível acordo poderia prejudicar a competitividade da indústria petrolífera da Rússia em longo prazo.

De acordo com o “Wall Street Journal”, na última terça-feira (5), os sauditas e seus aliados do Golfo Pérsico estão apoiando a parceria com um grupo de 10 nações produtoras de petróleo, que tem como líder a Rússia.

No entanto, a medida foi tomada para afastar a ameaça do shale-oil barato dos Estados Unidos e também da pressão do presidente Donald Trump sobre a Opep para que os preços do petróleo sigam baixos.

Renan Bandeira

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