Oi (OIBR3) deve gerar receita de R$ 15 bilhões entre dois e três anos, diz Rodrigo Abreu

A Nova Oi (OIBR3) deverá ser capaz de gerar uma receita de R$ 15 bilhões no prazo de dois a três anos, de acordo com o diretor-presidente da companhia, Rodrigo Abreu.

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Em evento virtual promovido pela XP na quarta-feira (08), o executivo falou sobre os objetivos da Nova Oi. Segundo Rodrigo Abreu, com a separação estrutural da unidade de infraestrutura e a o fechamento da operação móvel, o foco dos negócios será nos clientes, serviços e atendimento.

Na projeção de R$ 15 bilhões em receita, Abreu não considerou a parcela de infraestrutura que a Oi mantém, a V.tal. A V.tal é o nome comercial da InfraCo, companhia que reúne infraestrutura de fibra óptica da operadora.

Em julho, a Nova Oi vendeu 57,9% do capital da InfraCo ao aceitar uma oferta conjunta de fundos do BTG Pactual (BPAC11) e da Globenet Cabos Submarinos, no valor de R$ 12,93 bilhões.

De acordo com o diretor, a expectativa é de que até o primeiro trimestre de 2022, a Oi conclua a venda da operação móvel, bem como o controle da unidade de infraestrutura.

“A empresa está em fase de transição, com nova fase surgindo com fechamento de operação móvel e conclusão do controle de infraestrutura. É uma mudança estrutural”, afirmou em evento.

Futuro da Nova Oi

A ideia da Nova Oi é de isolar toda telefonia fixa de cobre e migrar para a fibra óptica. Ao falar sobre a banda larga, Abreu disse que a empresa expandiu seu marcado de ultra banda larga nos últimos anos e vê potencial grande para o crescimento da fibra no País.

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“A fatia de participação de mercado da companhia em cidades onde havia esse serviço saltou de 4% no primeiro trimestre de 2019 para 24% no segundo trimestre de 2021”, disse.

De acordo com Abreu, a Nova Oi não é apenas a operação que sobrou dos processos de desinvestimentos, mas o que a empresa poderá ser com a participação na V.tal.

Ele calcula que existe a capacidade de gerar uma margem de 40 a 50% do Ebitda da V.tal (que deverá ser de até R$ 60 bilhões, segundo prevê o executivo), com múltiplos de 10 a 15x. Esse deverá ser um fator importante para gerar mais valor de volta à Oi.

Além disso, a V.tal tem a possibilidade de oferecer crescimento em receitas também, segundo o executivo. Isso deveria ser levado em conta, acredita ele, pelo mercado.

O investimento na V.tal será de R$ 30 bilhões em cinco anos, sem incluir 2021. Isso na prática confere média de investimentos de R$ 6 bilhões ao ano, a partir do ano que vem, pontuou o executivo.

Fim da operação móvel

A Nova Oi e a V.tal não deverão participar do leilão do 5G para a faixa de 3,5 GHz. A informação é do diretor-presidente da empresa de telecomunicações.

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O executivo da Oi explicou que não vale a pena participar do leilão dessa frequência. “A operação móvel da operadora está praticamente fechada, esperando aprovação regulatória”, disse Abreu.

Sobre o leilão do 5G, especialistas do mercado explicam que a faixa de 3,5 GHz é a principal banda média harmonizada, em caráter global, para uso da tecnologia 5G. Por meio dessa faixa os dados serão transmitidos em ultravelocidade dos celulares e computadores para as torres de comunicação.

Porém, como a operação móvel da companhia já foi vendida para a Claro, Tim e Vivo, e aguarda o aval do Cade, Abreu desconsiderou a possibilidade de entrar na oferta desta frequência.

Já em relação às outras frequências, o executivo revelou que a Oi vê potencial para participar do leilão do 5G, assim como a V.tal.

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Monique Lima

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