Oi (OIBR3): 2T22 mostra empresa em transição, diz CEO: “Foco agora é em fibra ótica e receita”

Depois de divulgar os números do segundo trimestre de 2022, a Oi (OIBR3) comentou os resultados em teleconferência à imprensa. “Após concluir os M&As, estaremos focados na execução do core [fibra]”, disse o CEO da empresa, Rodrigo Abreu sobre os resultados do 2T22. No período, a Oi teve prejuízo líquido de R$ 321 milhões, revertendo o lucro de R$ 1,13 bilhão do 2T21.

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Segundo o executivo, os números do trimestre refletem uma “empresa em transição” e, a partir do terceiro trimestre, a companhia poderá se concentrar na “Nova Oi“, com foco em fibra ótica.

Com a venda da sua unidade de fibra ótica para o BTG Pactual (BPAC11) e a Globonet, a nova Oi, como tem sido chamada pelos executivos, está investindo em novas tecnologias ligadas à internet. Em junho, a companhia lançou a Fiber To The Room (FTTR), desenvolvida pela Huawei e denominada Oi Fibra X, que leva a fibra ótica a todos os cômodos de uma casa.

A receita líquida da Oi foi de R$ 2,77 bilhões no segundo trimestre deste ano,  queda de cerca de 37% contra o igual período do ano anterior.

O CEO destacou  que a “Nova Oi” cresceu em receita no período, 32% ano a ano, para R$ 1,5 bilhão. Mas, com desafios no 2T22, houve uma queda de receita total devido a operações desconsolidadadas. Abreu diz que essa receita será a mais importante para a Oi futuramente e irá continuar em trajetória de alta.

O executivo explica que a Oi ainda possui algumas receitas descontinuadas de cerca de R$ 500 milhões.

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O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Oi caiu 69,8% anualmente, totalizando R$ 384 milhões.

“O nosso perfil de Ebitda vai mudar, conforme esperado. Nós sabemos que estamos passando de uma empresa de telecomunicações integrada para uma empresa de prestação de serviços que usa uma infraestrutura diferente e agora tem foco total nas operações para os clientes”, disse o CEO.

A margem Ebitda ficou em torno de 14% no 2T22, que reflete “parcialmente o novo modelo”, disse. O executivo explica que existe um tempo para a margem se estabilizar e deve ocorrer flutuação de Ebitda nos próximos anos até a Oi chegar na run rate com todos os custos novos e o novo capex.

A receita da Fibra, que é o core do seu serviço aos clientes, cresceu 38% anualmente, para R$ 958 milhões, e, de acordo com Abreu, o ambiente macro irá melhorar nos próximos meses para sustentar essa tendência positiva.

Abreu disse que em cidades com a fibra da Oi o market share tem aumentado consistentemente.

A empresa teve um crescimento de 25% anualmente no mix de vendas de e-commerce. “A gente imagina que isso vai continuar tendo um desempenho muito importante nas nossas aquisições no futuro”, ressaltou o CEO.

A companhia está focando em gerar valor em todos seus ativos, até mesmos os não core, começando pelo desinvestimento da DTH.

Desde o início da recuperação judicial, houve uma queda de 60% na dívida financeira bruta da Oi.

Cotação da Oi

As ações da Oi caíam cerca de 6,78% às 15h desta sexta-feira (11), cotadas a R$ 0,55, no dia seguinte à divulgação de seus resultados do 2T22.

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Ana Clara Macedo

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