Odebrecht muda nome e se torna “Novonor”

A Odebrecht anunciou nesta sexta-feira (18) que mudará seu nome. A partir de agora a holding, investigada na operação Lava Jato, passa a se chamar Novonor. O anúncio foi feito por Maurício Odebrecht durante a reunião anual da empresa, transmitida para todos os funcionários.

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Maurício, filho mais novo de Emílio Odebrecht e irmão de Marcelo, salientou que a decisão é histórica e que a Novonor se apresentará de maneira totalmente transformada. Afirmou também que a mudança não se trata de uma tentativa de apagar o passado.

“Passado não se apaga. Passado é exatamente o que ele é – passado. Depois de tudo o que promovemos de mudanças e de correção de rumos, estamos agora olhando para o que queremos ser: uma empresa inspirada no futuro.”, afirmou.

Odebrecht já vinha rebatizando controladas

Esta não é, entretanto, a primeira movimentação do tipo da companhia. Após a Lava Jato, empresas da empreiteira já vinham sendo rebatizadas com a Odebrecht Engenharia, por exemplo, virando OEC, a Odebrecht Agroindustrial virando Atvos e a Odebrecht Óleo e Gás passando a se chamar Ocyan.

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A Novonor nasce como uma holding que conta com 25 mil empregados e seis empresas. A companhia tem braços na engenharia e construção, na mobilidade urbana, no setor de petróleo e gás, no mercado imobiliário, na petroquímica e na indústria naval.

Recentemente, a Odebrecht virou palco para uma disputa familiar entre Marcelo Odebrecht, antigo presidente da empreiteira, e seu pai, Emílio, fundador da companhia.

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Com isso, assumiu Maurício, que, em sua gestão, está tentando repaginar a companhia. “Queremos servir à sociedade pela atuação das nossas empresas, ajudando a construir um futuro sustentável”, disse.

Para além da mudança de nome e da mudança da imagem da empresa na opinião pública, a Odebrecht terá de, no futuro, encarar desafios, como o de sobreviver no longo prazo e a gerar receitas relevantes após a venda da sua parcela Braskem, que deve acontecer em, no máximo, dois anos, por conta de decisão da justiça envolvendo a recuperação judicial da companhia, homologada em julho deste ano.

Plano de recuperação judicial começou no ano passado

A Odebrecht formalizou seu primeiro pedido de recuperação judicial no dia 17 de junho de 2019, visando acertar as dívidas da companhia, que ultrapassavam a quantia de R$ 90 bilhões. Trata-se do maior pedido do tipo já registrado no país.

Além da venda da Braskem, o processo de recuperação judicial da companhia trouxe outras demandas. No ano passado, por exemplo, a Odebrecht se desfez de seu prédio na Marginal Pinheiros, vendendo-o por R$ 500 milhões para reduzir sua dívida.

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Vitor Azevedo

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