Nubank (ROXO34) tem lucro 38,8 vezes maior no 3T23 e chega a 89,1 milhões de clientes

O Nubank (ROXO34) anunciou um lucro líquido de US$ 303,0 milhões no terceiro trimestre de 2023 (3T23), conforme seu novo balanço trimestral, divulgado nesta terça-feira (14).

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O resultado do Nubank é cerca de 38,84 vezes maior que o valor registrado no mesmo período do ano passado – no terceiro trimestre de 2022, o lucro foi de US$ 7,8 milhões.

Já o lucro líquido ajustado do Nubank atingiu US$ 355,6 milhões, cerca de 5,63 vezes maior que o resultado divulgado no 3T22, que foi de US$ 63,1 milhões.

O lucro do Nubank, considerando o valor bruto, foi de US$ 914,8 milhões, enquanto no terceiro trimestre do ano passado tinha sido de US$ 427 milhões, com avanço anual de 114,24%.

A receita do banco digital, neutro de efeitos cambiais, somou US$ 2,1 bilhões no 3T23, com crescimento anual de 53%. Já a receita média mensal por cliente ativo (ARPAC) foi de US$ 10,0, com alta de aproximadamente 18% na comparação anual.

Número de clientes do Nubank chega a 89,1 milhões

O número de clientes do Nubank alcançou a marca de 89,1 milhões ao final do terceiro trimestre deste ano, com acréscimo de 5,4 milhões em relação ao 2T23 e de 18,7 milhões sobre a quantia registrada no encerramento do 3T22.

A posição atual no mercado é uma das “maiores e de mais rápido crescimento plataformas digitais de serviços financeiros em todo o mundo e a quinta maior instituição financeira da América Latina em número de clientes”, diz o balanço do Nubank.

No mercado brasileiro, o banco digital diz que o ritmo de adições líquidas mensais superou a marca de 1,5 milhão de clientes, o que estabeleceria o Nubank como “a quarta maior instituição financeira do país em número de clientes”.

Ao final do 3T23, os depósitos da instituição, desconsiderando efeitos cambiais, alcançaram a marca de US$ 19,1 bilhões, com alta anual de 26%. Já o custo de captação é de 80% da taxa de empréstimo interbancário do Brasil (CDI), enquanto o Índice de Empréstimos/Depósitos (LDR) é de 35% em relação à mesma taxa.

Os recebíveis dos portfólios de cartão de crédito do Nubank e de empréstimo pessoal somam US$ 15,4 bilhões, registrando crescimento anual de 48%, livre de efeitos cambiais.

Por fim, a inadimplência do Nubank superior a 90 dias subiu para 6,1%. Já a Margem Financeira Líquida (NIM) e a Margem Ajustada pelo Risco também cresceram, atingindo 18,8% e 9,0%, respectivamente.

Crédito e inadimplência

A taxa de inadimplência do Nubank caiu para períodos mais curtos, entre 15 a 90 dias, fechando setembro em 4,2%, ante 4,1% ao final do segundo trimestre. Já para atrasos acima de 90 dias, subiu 0,2 ponto, para 6,1%. “A área de crédito ficou sob controle e dentro das expectativas”, afirma Lago.

“Vamos continuar crescendo no crédito de maneira forte, tanto em cartão como no crédito pessoal. Como resultado disso, a inadimplência pode até voltar a subir, mas isso será mais do que compensado pelo aumento das receitas que esperamos ter”, disse Lago. “Não estamos em negócio de minimizar inadimplência, estamos em negócio de maximizar resultado.”

A carteira de crédito chegou a mais de US$ 15 bilhões no final de setembro, dos quais 80% são cartão de crédito e o restante em crédito pessoal – ambas com expansão anual na casa dos 50%. “A gente praticamente dobrou a originação de crédito pessoal em 12 meses”, disse Lago, destacando que a saiu de R$ 4,6 bilhões no terceiro trimestre de 2022 para quase R$ 9 bilhões no mesmo período de 2023.

Nubank chega a 4,3 milhões de clientes no México e deve lançar conta corrente na Colômbia

A base de clientes do Nubank chegou a 4,3 milhões de pessoas, impulsionada pelo lançamento e expansão do produto de conta corrente no país, o “Cuenta Nu”, que atualmente tem mais de 2,4 milhões de clientes. Na Colômbia, a base de clientes da fintech expandiu para cerca de 800 mil pessoas e, assim como no México, espera-se que a trajetória de crescimento acelere com o lançamento da conta em breve, informa o balanço de resultados do banco digital.

Ao todo, o Nubank superou 90 milhões de clientes, considerando dados de outubro, ou seja, após a finalização do terceiro trimestre. A maior parte está no Brasil, com 85 milhões.

Crédito consignado, nova aposta da fintech, movimentou R$ 300 milhões no 3T23

O crédito consignado, com desconto em folha de pagamento, representou originação de R$ 300 milhões em operações no terceiro trimestre do Nubank, número ainda pequeno perto do emprestado pelo banco no período no crédito pessoal, que somou R$ 9 bilhões.

“O consignado está no começo”, disse o diretor financeiro do Nubank, Guilherme Lago. “A cada mês praticamente dobra a originação.”

O Nubank começou a operar no crédito consignado em abril deste ano, em agosto começou no FGTS e só este mês passou a operar com portabilidade.

Com Estadão Conteúdo

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João Vitor Jacintho

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