Nubank (ROXO34) tem terceira maior carteira de cartão de crédito do país, destaca Moody’s

A Moody’s divulgou o relatório completo sobre a sua classificação do Nubank (ROXO34), feita no fim de outubro.

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À época, a Moody’s deu classificação AAA para a fintech, na esteira dos bons resultados do Nubank e do ROE acima do esperado.

No relatório, a agência de classificação de risco destacou que o cartão de crédito representa aproximadamente 80% da carteira de crédito total nos últimos anos, sendo que 75% são operações que não incidem juros.

“A carteira bruta do Nubank atingiu R$ 71 bilhões (+ 48% YOY) em junho de 2023. Cartão de crédito representou R$ 58 bilhões – terceira maior carteira de cartão de crédito do Sistema Financeiro Nacional“.

Em termos de classificação de crédito, os crédito em Estágio 3 pelo IFRS 9 foram de 7,2% da carteira de crédito total em junho deste ano.

Também mostraram índice de cobertura de provisão de 190% sobre estas operações – quase o dobro de reservas requeridas pela Resolução 2.682 para as operações no Brasil.

Outro dado apontado como relevante foi o ganho de participação de mercado – ou market share – considerando os marcos recentes sobre o volume de clientes, já que o Nubank recentemente ultrapassou o patamar de 90 milhões de correntistas.

“No primeiro semestre de 2023 em comparação ao mesmo período de 2022, a margem de intermediação financeira expandiu 135%, atingindo R$9,4 bilhões. As receitas de serviços cresceram 30%, alcançando R$ 3,7 bilhões, com grande participação da receita de intercâmbio do cartão, em que o Nubank se posiciona como a 3ª maior instituição em volume transacionado com 14% de market share”

Além disso, os dados apresentados como ‘pontos fortes’ foram:

  • Equipe de gestão experiente e qualificada, com cultura conservadora de gestão de riscos, resultando em confortáveis níveis de capital regulatório, inadimplência abaixo do mercado em cartão de crédito e ampla reservas de provisão para devedores duvidosos (PDD);
  • Posição consolidada entre as maiores instituições financeiras do país, proporcionando ganhos de escala e forte recorrência de receitas;
  • Modelo de negócios digital resulta em baixo custo operacional em relação aos bancos tradicionais e maior agilidade em promover  inovação;
  • Estabilidade e granularidade da estrutura de captação, composta principalmente por depósitos da sua base de clientes.

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Veja mais sobre os ratings do Nubank

À época da divulgação do rating, em outubro, a agência destacou que a nota dada ao banco digital reflete a robusta capitalização do Nubank e o acesso a uma base granular e de baixo custo de depósitos básicos de cerca de 80 milhões de clientes no Brasil.

“Além disso, os ratings incorporam métricas de qualidade de ativos para cartões de crédito que permaneceram consistentemente abaixo dos índices de empréstimos problemáticos do setor no Brasil para esse segmento específico”, diz a casa.

Segundo o CEO e fundador da fintech, David Vélez, “a diversificação do portfólio tem trazido excelentes resultados” e a companhia “ainda tem muito a crescer nessa frente”.

Na escala global, o Nubank Brasil recebeu da Moody’s a classificação Ba2, que coloca a empresa no mesmo patamar do rating soberano do Brasil e dos maiores bancos incumbentes.

Já a Nu Holdings – a controladora do Nubank – recebeu rating Ba3 da agência de risco, também em escala global.

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Eduardo Vargas

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