Quanto o Nubank (ROXO34) irá lucrar no ano que vem? Especialistas estão divididos

Nos últimos trimestres, o Nubank (ROXO34) reportou números muito acima do esperado pelo consenso de mercado, mostrando últimas linhas do balanço polpudas e ostentando grande lucratividade.

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O mercado reagiu positivamente e as ações do Nubank praticamente dobraram de preço do começo de 2023 até então.

Agora, analistas ainda divergem sobre o futuro do Nubank.

Recentemente o Bank of America (BofA) elevou suas estimativas de lucro líquido para a fintech em 50% para os próximos três anos após os resultados financeiros do primeiro semestre do banco digital surpreenderem os analistas.

“O Nubank – que negociava sob o ticker NUBR33 – apresentou lucro acima das nossas estimativas e do mercado no semestre, apoiado por uma margem financeira melhor do que o esperado, mais do que compensando a qualidade dos ativos”, diz o relatório assinado por Mario Pierry e Flavio Yoshida.

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Ao incorporar os novos números do Nubank em seu modelo, as estimativas de lucro líquido aumentaram para US$ 1 bilhão em 2023, US$ 1,9 bilhão em 2024 e US$ 3,2 bilhões em 2025.

O BBA, em relatório desta semana, destaca a dinâmica de crescimento dos lucros do Nubank no curto prazo, (US$ 2,2 bilhões em lucros na projeção para 2024 ante projeção de US$ 0,94 bilhão para este ano), exposição ao menor ciclo de NPL do varejo e eventual resolução do crédito discussão sobre limite de taxa de cartão.

Segundo as projeções da casa, a fintech deve fechar o ano com 91 milhões de clientes, e aumentar essa base para 102 milhões ainda no ano que vem.

Além disso, seu ROE deve ser elevado de 18% para 33% de 2023 para 2024.

Desempenho do Nubank na NYSE

As ações do Nubank sobem 2,8% nos últimos 30 dias na NYSE, e acumulam 96% de avanço em 2023. Os BDRs acompanham o desempenho, com alta de cerca de 7% nos últimos 30 dias.

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Nubank (ROXO34): pela primeira vez em 19 meses, Bradesco BBI eleva recomendação e aumenta preço-alvo

Em novo parecer sobre as ações do Nubank (ROXO34), analistas do Bradesco BBI elevaram sua recomendação de venda para neutra. A decisão se deu após 19 meses da casa recomendando a venda dos papéis a seus clientes.

O preço-alvo das ações do Nubank, nesse contexto, foi elevado de US$ 4,50 para US$ 8 pelos analistas do Bradesco BBI.

“Reconhecemos que a evolução do banco no curto prazo mostra o forte histórico do time de gestão. Incorporamos premissas agressivas tanto para o curto como para o longo prazo“, dizem os especialistas da casa.

A projeção é de que o banco deva registrar um aumento mais rápido do que o esperado em termos de lucro – isso, ainda no curto prazo.

A expectativa do BBI é de que a fintech consiga fazer isso ainda ganhando market share e segurando os custos em um patamar saudável.

Atualmente o banco já vem “crescendo de forma lucrativa”, segundo o BBI, conseguindo controlar os juros.

Classificação internacional BB- pelo S&P

A Nu Holdings, empresa líder do Grupo Nubank, e a Nu Financeira receberam da S&P Global Ratings a classificação internacional BB-.

A agência de classificação de crédito americana avaliou que o potencial de crescimento da empresa e sua expansão na base de clientes fortaleceu a confiabilidade e reputação do banco.

m um relatório, a S&P afirmou que a classificação do Nubank reflete uma melhora em suas métricas financeiras graças a um forte crescimento e melhora na eficiência. “Em setembro de 2022, o Nubank alcançou breakeven no nível da Holding e vem apresentando resultados mais fortes desde então”, pontuou a agência.

Entre os principais motivos para essa avaliação, estão:

  • Base de clientes expandindo (85 milhões de clientes na América Latina até julho de 2023);
  • Sólida estrutura de capital da empresa (Índice de Basiléia de 20,2% no Brasil no 2º trimestre de 2023);
  • Eficiência.

Para o fundador e CEO do Nubank, David Vélez, a nova classificação da S&P confirma a visão de longo prazo e reforça a solidez de seu modelo de negócio.

Eduardo Vargas

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