Grana na conta

Nubank (NUBR33) divulga lucro líquido de US$ 58 milhões no 4T22

Nubank (NUBR33) divulgou os resultados do quarto trimestre de 2022 nesta terça-feira (14). A Nu Holdings, sua controladora, obteve lucro líquido de US$ 58 milhões – considerando as operações no México e Colômbia, ainda em estágio menos avançado que no Brasil, e que exige mais investimentos -revertendo prejuízo líquido de US$ 66,1 milhões do 4T21. Esse é o segundo balanço consecutivo que o roxinho fecha no azul, embora tenha encerrado o ano com prejuízo de US$ 9,1 milhões.

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O valor do lucro líquido apresentado exclui os efeitos do fim do CSA, como era chamado o programa de remuneração adicional do fundador e CEO do Nubank, David Vélez, de US$ 355,6 milhões. Já o prejuízo reportado no ano mostra uma melhora em relação aos US$ 171,6 milhões reportados em 2021.

Agora, considerando apenas as operações do Nubank no Brasil, o lucro líquido reportado foi de US$ 138 milhões 4T22 e de US$ 185 milhões em todo o ano passado. Assim, revertendo prejuízo de US$ 20 milhões em 2021.

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“Tivemos mais um trimestre de recordes em nossa história. Só no Brasil, a gente adicionou mais clientes em 2022 do que praticamente todos os grandes bancos juntos”, disse Vélez ao Estadão.

Já a receita líquida do Nubank somou US$ 1,5 bilhão, alta de 112% sobre mesma etapa de 2021. Em 2022, ficou em US$ 4,8 bilhões, salto de 168% dos quais só o Brasil respondeu por US$ 4,5 bilhões.

A margem financeira bruta subiu de 36% para 40%. Em 2022, ficou em US$ 4,8 bilhões, salto de 168%, dos quais só o Brasil respondeu por US$ 4,5 bilhões em 2022.

Enquanto isso, o lucro bruto atingiu o recorde de US$ 578,3 milhões, um aumento de 33% em comparação com o 4T21. Por outro lado, o Lucro (Prejuízo) atribuível aos acionistas do Nubank para o trimestre foi de US$ 297,6 milhões e para o ano foi US$364,6 milhões.

No 4T22, o Nubank obteve mais 4,2 milhões de clientes no trimestre e apurou 74,6 milhões de clientes — alta de 38% frente ao 4T21 e número recorde. O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) no Brasil atingiu 35% no trimestre.

Já no ano de 2022 foram 20,7 milhões. “Só no Brasil, a gente adicionou mais clientes em 2022 do que praticamente todos os grandes bancos juntos”, diz Vélez.

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Inadimplência e volume de compras

Já a inadimplência do Nubank não escapou da tendência do mercado e subiu, quando se consideram atrasos acima de 90 dias, de 4,7% em setembro para 5,2%. Porém, Vélez disse que o indicador de 90 dias reflete dois ou três trimestres para trás e que, mais importante, é avaliar a inadimplência para períodos mais recentes (de 15 a 90 dias).

O volume de compras atingiu US$ 23,8 bilhões no quarto trimestre, contra US$ 14,4 bilhões do mesmo intervalo de 2021. Nos acumulado do ano, o montante foi de US$ 81 bilhões.

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O Nubank encerrou 2022 com uma carteira de juros de US$ 4 bilhões, em que estão suas operações de empréstimos, ante US$ 3,5 bilhões do final do terceiro trimestre. Para o crédito em 2023, Vélez diz que o Nubank vai monitorar de perto o comportamento da inadimplência.

Com a melhora da inadimplência mais curta, Vélez disse que o Nubank está mais animado em dar crédito pessoal, modalidade que tinha pisado no freio nos últimos trimestres. “A gente estava meio parado no empréstimo pessoal, enquanto olhava o ambiente volátil. No quarto trimestre, sentimos convicção de começar acelerar um pouquinho essa linha.”

No crédito pessoal, o Nubank tem só 3% do mercado, enquanto dispõe de uma base de clientes que representa 44% da população adulta brasileira. Por isso, pode crescer dentro dos seus próprios clientes, em uma base que tem conhecimento melhor, o chamado “mar fechado”, e não no mercado como um todo, o “mar aberto”, ressalta o fundador da fintech. “A maior parte dos clientes utiliza o banco como a conta principal, o que gera mais lealdade e cria mais informações.”

O Nu encerrou 2022 com uma carteira de juros de US$ 4 bilhões, onde estão suas operações de empréstimos, ante US$ 3,5 bilhões do final do terceiro trimestre.

Para o crédito em 2023, Vélez diz que o Nubank vai monitorar de perto o comportamento da inadimplência. O Nubank não dá projeções ao mercado de seus indicadores. “A inadimplência está sob controle”, disse o executivo.

O Nubank não tinha exposição na Americanas, apenas um fundo seu tinha 2% exposto em debêntures da rede de varejista.

Retorno

Como um banco digital, estrutura mais enxuta e um modelo de negócios diferente, o Nubank tem condição de entregar um retorno acima dos bancos tradicionais, observa o diretor financeiro, Guilherme Lago. “A gente não acha que 40% representa o ROE (Retorno sobre o Patrimônio) de longo prazo, ainda dá para melhorar”, afirma o executivo.

Ao longo de 2023, é provável o Nubak tenha um ROE “bastante relevante e confortável”. “Provavelmente não vai ficar no patamar de 40%, vai cair um pouco, mas vai continuar sendo bastante superior ao nosso custo de capital.”

Com informações do Estadão Conteúdo

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Janize Colaço

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