Nubank (NUBR33): 30 fintechs nos EUA perdem total de US$ 500 bi em valor de mercado

Mais de 30 fintechs que estrearam no mercado acionário americano desde 2020, incluindo o Nubank (NUBR33), já perderam em valor quase US$ 500 bilhões, considerando o pico das ações. O Nubank, que tinha valor de mercado de US$ 47,5 bilhões em fevereiro deste ano, agora vale cerca de US$ 17,9 bilhões, segundo reportagem do Neofeed a partir de levantamento do CB Insights.

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Desde o começo de 2022, as ações das fintechs acumulam em média mais de 50% em queda, de acordo com o Financial Times, e sua capitalização total erodiu US$ 156 bilhões. Além do Nubank, empresas que figuram na lista são a Coinbase e a Robinhood, que viram seu valor derreter respectivamente R$ 58,3 bilhões e R$ 37,9 bilhões, desde 2021, para R$ 11,7 bilhões e R$ 7,1 bilhões, diz o Neofeed.

Entretanto, techs mais consolidadas também demonstram queda, como a Paypal e a Block que, juntas, somam perdas em valor de mais de US$ 300 bilhões somente neste ano.

Este movimento de queda nas ações e correção de valor nas fintechs ocorre em razão do atual cenário inflacionário global, com altas taxas de juros, falta de demonstração de lucro e incertezas em negócios não testados.

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Nubank supera expectativas e cresce mais rápido no México, diz CEO

Nubank está superando as expectativas de crescimento no México, disse o presidente-executivo, David Vélez, à agência de notícias Reuters.

“Achamos que seria difícil superar os índices de crescimento do Brasil no México, mas agora vemos as operações nesse país com taxas de crescimento maiores”, afirmou o CEO do Nubank à agência.

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Espaço para crescimento

Em um ano e meio, a empresa atingiu no México 2,1 milhões de clientes, o equivalente a 2,2% da população adulta do país.

No Brasil, o Nubank anunciou no primeiro trimestre ter atingido 53,9 milhões de clientes após nove anos de operação – o valor corresponde a cerca de 30% da população adulta.

No México, a fintech demorou apenas 18 meses para atingir o que, no Brasil, levou cinco anos: ser o maior emissor de cartões de crédito no país.

Vélez afirmou que a competição no setor financeiro mexicano é menor do que a do brasileiro. A título de exemplo, quase 90% da população do México não têm acesso a cartões de crédito, segundo uma pesquisa da Comisión Nacional Bancaria y de Valores

A fintech, que agora conta com investidores como Warren Buffet, Berkshire Hathaway (BERK34), e SoftBan Group Corp, diz querer acelerar ainda mais o crescimento em solo mexicano. Por isso deve usar um crédito de US$ 650 milhões tomado em abril para a expansão das atividades internacionais.

CEO analisa o setor

“Há uma grande oportunidade de crescimento no país”, afirmou Vélez, que, embora desapontado com a queda de quase 60% das ações do Nubank este ano, afirma que todo o setor de tecnologia passa por maus bocados.

Por outro lado, o menor interesse dos investidores reduz a competição com o Nubank por potenciais aquisições de startups e pode facilitar o fechamento de negócios, na América Latina, principalmente Brasil, e nos Estados Unidos.

David Vélez diz não estar preocupado com o aumento dos índices de inadimplência, que permaneceu “artificialmente baixa” durante a pandemia.

O Nubank tem um volume de depósitos de US$ 12 bilhões, cerca de quatro vezes superior à carteira de crédito, o que reduz o risco. A fintech também tem uma grande posição de caixa vinda dos recursos levantados no IPO.

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Redação Suno Notícias

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