Nubank (NUBR33) ‘fica de fora’ em nova revisão de teses da XP; veja

Em uma revisão de teses sobre bancos digitais e fintechs, a XP Investimentos destacou que entre o Nubank (NUBR33) e o Inter (INBR32), a preferência fica com o segundo, que migrou sua base societária para a Nasdaq nos últimos meses.

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A recomendação é neutra para as BDRs do Nubank, com preço-alvo de R$ 5,90 – ao passo que os papéis são negociados na casa dos R$ 6.

“Embora esperamos que a companhia siga colhendo bons frutos nos próximos anos, vemos o valuation da já precificando boa parte de seu potencial de valor”, diz a casa acerca dos papéis.

Vale lembrar que, em meio a resultados trimestrais melhores do que o esperado e mudanças na sua estruturação, o Nubank vê um rali nos seus papéis neste ano.

No acumulado de 2023, as ações do Nubank já sobem 114% na Bolsa de Nova York (NYSE). Os BDRs acompanham o desempenho somado à variação cambial com 80% de alta.

Além do valuation considerado justo, a XP também destaca que as questões regulatórias – que podem envolver teto de juros no rotativo – podem ser nocivas ao Nubank, embora o player tenha artifícios para contornar a situação.

No caso do Inter, a tese é justamente a contrária, de que o valuation atual não reflete o potencial operacional do banco.

Os papéis são negociados a cerca de R$ 16 na bolsa brasileira, enquanto a XP mira um preço-alvo de R$ 20,30 com recomendação de compra.

No acumulado do ano, foram cerca de 50% de alta nas BDRs, o que ainda não é o suficiente para tornar o valuation justo, segundo a XP.

“O valuation atual do Inter parece descontado, e qualquer potencial melhora nas operações bancárias, especialmente no que diz respeito a um aumento de apetite de crédito, poderia aumentar mais o potencial de upside (alta)”.

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Nubank teve reetruturação recente

Em comunicado à imprensa publicado ainda na primeira semana de junho, o banco digital anunciou uma reestruturação da área de operações no Brasil.

Com isso, o banco fechou 296 vagas.

“Agora, com um portfólio robusto, e após uma profunda análise de modelos e processos, foi identificada a necessidade de consolidar as equipes de produto em uma organização centralizada”, disse o Nubank, acrescentando que, com o novo modelo, algumas funções e posição se tornaram redundantes.

A gestão da empresa disse que os funcionários demitidos já foram ou serão reposicionados internamento em outras funções e equipes, e que ofereceu um pacote de benefícios aos funcionários desligados.

“As movimentações ocorrem em funções administrativas, e não terão impacto no atendimento final ao cliente”, destacou o Nubank, que não estima outras reestruturações.

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Eduardo Vargas

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