Grana na conta

Nubank (NUBR33): banco vê decisão de CEO da fintech como “gesto positivo”; ações sobem

Nesta terça-feira (29), o Nubank (NUBR33) comunicou que seu fundador e CEO, David Vélez, abriu mão do plano de remuneração a que tinha direito na instituição. A equipe de análise do Itaú BBA considera a decisão do executivo como positiva para os acionistas.  

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/05/Lead-Magnet-1420x240-3.png

O fundador do Nubank decidiu rescindir o Plano de Ações Contingentes de 2021, principal acordo de compensação entre a fintech e David Vélez.

Em novembro do ano passado, sob esse plano, o Nubank concedeu ao executivo o direito de emissão de:

  • um número de ações ordinárias Classe A igual a 1% do número total de ações ordinárias em emissão (convertidas, totalmente diluídas) do Nubank quando o preço da ação Classe A ficasse igual ou acima de US$ 18,69 por ação, mas abaixo de US$ 35,30 por ação; e
  • um número de ações ordinárias Classe A igual a 1% do número total de ações ordinárias em emissão (convertidas, totalmente diluídas) do Nubank quando o preço da ação Classe A fosse igual ou acima de US$ 35,30 por ação.

Sendo assim, caso as ações do Nubank disparassem na bolsa de valores de Nova York, o CEO do Nubank poderia receber até 2% do capital da fintech. O valor justo do plano tinha sido estimado em US$ 423 milhões.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/05/1420x240.jpg

Itaú BBA considera decisão de CEO do Nubank como “gesto positivo”

Na interpretação do Itaú BBA, a decisão de David Vélez é positiva para os acionistas do Nubank, pois diminuirá as despesas em US$ 356 milhões até 2029 (US$ 70 milhões em 2023).

Isso impulsiona em 15% a previsão dos analistas de lucro líquido de US$ 485 milhões para 2023.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop-1.jpg

“Todos os esforços contam no objetivo mais amplo de melhorar a eficiência. O corte de diluição também envia uma mensagem positiva a todos os acionistas, incluindo executivos, de que Vélez pratica o pensamento de parceria”, comentam os analistas sobre a decisão do executivo do Nubank.

“Não se espera que o movimento anunciado gere benefícios fiscais nem para Vélez nem para a empresa. O CEO mantém uma participação importante na empresa (USD 4,2 bilhões, atualmente) e esperamos que ele continue a estar totalmente envolvido no negócio”, complementam.

O Itaú BBA possui recomendação equivalente à venda para as ações do Nubank, com preço-alvo de US$ 3,50. Nesta quarta-feira (30), as ações do Nubank negociadas na B3 fecharam em alta de 1,07%, a R$ 3,78. Em Nova York, subiram 4,46%, a US$ 4,45.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Controle-de-Investimentos.png

Silvio Suehiro

Compartilhe sua opinião