BDR: negociação para investidor de varejo vai levar mais tempo, diz B3
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) alterou as regras para os Brazilian Depositary Receipts (BDR) e deu seu aval para o investidor de varejo negociar os papéis no Brasil a partir de setembro deste ano. A B3 (B3SA3), contudo, colocou um freio nesse calendário e informou que ainda deve levar mais tempo para isso acontecer.
A bolsa de valores de São Paulo salientou, em comunicado, que ainda irá submeter um regulamento ao órgão regulador do mercado de capitais brasileiro sobre quais os ambientes de negociação estrangeiros serão contemplados. “Assim, somente após a aprovação do regulamento pela B3, os investidores pessoas físicas poderão investir diretamente em BDR NP”, comunicou a empresa.
A B3 ainda escreveu que somente serão acessíveis os recibos de ações internacionais não patrocinados que tenham como lastro papéis de emissores estrangeiros já admitidos à negociação em mercados reconhecidos.
As corretoras também irão precisar adaptar os seus canais para que os serviço nas plataformas de home broker tenham capacidade de oferecer a alternativa ao público investidor de varejo.
Brasileiras listadas no exterior poderão ter BDR na bolsa
Depois que a CVM divulgou a edição das regras para BDR, no dia 11 de agosto, os executivos da B3 comentaram sobre o tema do regulamento e que, em um primeiro momento, as bolsas americanas é que deveriam ser classificadas como mercado reconhecido.
O objetivo naquela ocasião era já haver um oferta pronta no início do mês de setembro ou ainda pouco tempo depois, segundo o diretor de produtos regulados da B3, Mário Palhares. No entanto, apenas depois disso, é que a bolsa irá realizar os ajustes para que as empresas listadas no exterior com atividades no Brasil, com é o caso de PagSeguro, XP Inc. e Stone, também possam apresentar BDR patrocinados aqui ou não.
