Ministra embarca para o Canadá atrás de fertilizantes para o Brasil

A ministrada da Agricultura do Brasil, Tereza Cristina, embarcou na noite do último sábado (12/03) para o Canadá em busca de mais fertilizantes para os agricultores brasileiros. A ministra vai se reunir com empresários e representantes governamentais para discutir a possibilidade de aumentar as exportações de potássio para o Brasil. Apesar de a agenda envolver aspectos governamentais, o foco da ministra está no setor privado, para quem está disposta a oferecer facilidades para enviar o produto ao Brasil.

“A viagem é para conversar com canadenses para ver se conseguimos uma quantidade maior do que eles já nos mandam, para suprir esses possíveis gargalos de fornecimento que a gente possa vir a ter, devido ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia”, disse. Na viagem a Ottawa estão previstas reuniões com presidentes de empresas produtoras e exportadoras de potássio instaladas no país, além de representantes do governo canadense.

Neste domingo, a ministra se reúne com a diretoria da Brasil Potash. Amanhã (14/03), está previsto um encontro com o Vice-Ministro da Agricultura do Canadá,  Paul Samson. A ministra também terá reuniões com os presidentes  das empresas Gensource, Nutrien, Canpotex e Fertilizer Canada e tem o retorno.

Basicamente, a agricultura mundial depende de fertilizantes para manter os atuais níveis de produtividade das lavouras. A produção desses fertilizantes depende de três elementos fundamentais: nitrogênio, fósforo e potássio. O nitrogênio é fornecido a partir da amônia, produzida a partir do nitrogênio do ar e do gás natural. Atualmente, 40% do abastecimento do gás europeu tem a Rússia como fornecedor. O mercado de potássio é ainda mais concentrado. Cerca de 70% sai das minas instaladas no Canadá, Rússia e Belarus.

O Brasil é o quarto consumidor global de fertilizantes, responsável por cerca de 8% deste volume e é o maior importador mundial. O país importa cerca de 85% de todo o fertilizante usado na produção agrícola nacional. No caso do potássio, o percentual importado é de cerca de 95%.

Ver mais em Bloomberg Línea Brasil

Bloomberg Línea

Compartilhe sua opinião