O que esperar para as ações da Minerva (BEEF3)? Veja projeções
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A Minerva (BEEF3) apresentou um crescimento impressionante de 69% na receita líquida, alcançando R$ 25,1 bilhões no primeiro semestre de 2025. Esse resultado foi impulsionado principalmente pelas aquisições recentes, que ampliaram as exportações em 63% e as vendas internas em 75%. Além disso, a empresa conseguiu reduzir sua alavancagem de 4,5x para 3,5x, sinalizando um fortalecimento de sua estrutura financeira. Esses resultados sólidos oferecem um panorama otimista para o futuro da companhia, que também se beneficiou da alta nos preços internacionais da carne bovina.

No 2T25, a receita líquida consolidada atingiu R$ 44,3 bilhões, representando um aumento de 30% em relação ao mesmo período de 2024. A Minerva se destaca não apenas pelo crescimento de suas operações, mas também pela estratégia eficaz de expansão através de aquisições de ativos da Marfrig, que já estão impactando positivamente seus números.
Aquisições e alavancagem da BEEF3
A redução da alavancagem foi um dos principais marcos da Minerva neste semestre. Com a emissão de R$ 2 bilhões em ações, a empresa conseguiu diminuir sua dívida líquida para R$ 14,2 bilhões, um recuo de 9% em comparação com o trimestre anterior. Este movimento está sendo acompanhado de perto pelo mercado, uma vez que a integração das novas plantas adquiridas deverá ser crucial para os próximos resultados da empresa.
A Minerva também concluiu a aquisição de 13 plantas industriais e um centro de distribuição da Marfrig, além de enfrentar desafios regulatórios com algumas de suas operações no Uruguai. No entanto, a flexibilidade da empresa e a diversificação geográfica de suas operações contribuem para mitigar os riscos dessas aquisições.
Expectativas e Desafios
Os analistas do BTG Pactual indicam que, apesar da alta nos custos com a compra de gado, a demanda externa continua forte, impulsionando o desempenho das exportações. “O aumento das exportações, combinado com os preços firmes no mercado externo, mantém a Minerva em uma posição sólida, apesar da pressão sobre os custos internos”, afirmaram Frederico Khouri e sua equipe.
Embora a possível elevação de tarifas sobre as exportações de carne bovina brasileira para os EUA possa representar um desafio, os analistas acreditam que o impacto para a BEEF3 será moderado. “As exportações para os EUA representam cerca de 5% da receita da empresa, e a diversificação para novos mercados como a Indonésia e o Japão oferece alternativas viáveis para a companhia”, completaram.