Mercado Livre (MELI34) terá novo CEO em 1º de janeiro; XP segue recomendando compra
O Mercado Livre (MELI34) anunciou nesta semana uma troca em sua cúpula. Marcos Gasperin deixará o cargo de CEO da companhia e assumirá a Presidência Executiva do Conselho. A mudança acontecerá em 1º de janeiro.

O novo CEO do Mercado Livre será Ariel Szarfsztejn, atual vice-presidente de Comércio da empresa. Em carta aos funcionários, Galperin creditou a mudança a uma estratégia de transição suave de comando para manter as expectativas de crescimento a longo prazo da companhia.
Segundo ele, as empresas de tecnologia têm enfrentado obstáculos ao realizar a sucessão em postos-chave, especialmente em caso de CEOs fundadores.
Mercado Livre: relembre a trajetória da empresa
O Mercado Livre começou a ser idealizado no final dos anos 1990, quando Galperin e outros três colegas estudavam na Universidade de Stanford, nos EUA. Após trabalhar em empresas como J.P. Morgan Securities e na estatal petrolífera argentina YPF, ele fundou a companhia em 1999, em um galpão em Buenos Aires.
Inicialmente, a empresa era uma plataforma de compra e venda de produtos usados, mas em pouco tempo expandiu suas operações, inclusive chegando a outros países como o Brasil, se tornando o maior marketplace latino-americano e uma das maiores empresas do Hemisfério Sul.
Em 2007, o Mercado Livre abriu seu capital, arregimentando cerca de US$ 300 milhões. Hoje é a empresa mais valiosa da América Latina, com valor de mercado superando os US$ 130 bilhões.
Análise da XP
A XP Investimentos divulgou informe mantendo a recomendação de compra dos papéis do Mercado Livre. Embora demonstrando surpresa com o anúncio, os analistas acreditam em uma reação imediatamente negativa, mas que não seguirá em médio prazo.
“Uma mudança natural em um momento inesperado. Vemos a transição de Galperin para um papel mais estratégico como natural, uma vez que a MELI já está bem consolidada e Galperin tem liderado a empresa nos últimos 26 anos (desde sua criação)”, informa a nota. “Os preços das ações podem reagir negativamente, mas não de forma disruptiva”.