Mercado Livre (MELI34) tem potencial de 70% e GS reforça recomendação de compra

Apesar da queda superior a um terço da cotação dos papéis do Mercado Livre (MELI34), o banco Goldaman Sachs avalia que os fundamentos da empresa continuam fortes, em especial nas vendas online, enquanto que os custos da alta de juros para as empresas de tecnologia já foram precificados.

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Em relatório aos clientes nesta manhã (26), os analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini reforçam a recomendação de compra dos papéis da empresa argentina que são negociados pela Nasdaq, ao preço alvo de US$ 1,7 mil em 12 meses – um potencial de valorização de 69,7%, dos atuais US$ 1.001,65.

No Brasil, as BDRs do Mercado Livre, que equivalem a 1/120 das ações, são negociadas a cerca de R$ 46,70, conforme cotação intradia de hoje.

Para o último trimestre de 2021, a instituição financeira projeta aumento de 48% no aumento de receita líquida da companhia e margem de lucro operacional de 2,5%, aumento em relação ao mesmo período do ano anterior que havia ficado em 1,9%.

“Ainda que estejamos abaixo do consenso do mercado, acreditamos que os principais drivers para a ação dependerão das mensagens da companhia sobre as perspectivas futuras para taxas de participação da fintech, empréstimos inadimplentes e crescimento do valor bruto de venda (especialmente no Brasil, onde o atual conjunto de expectativas é relativamente pouco exigente)”, destaca o relatório.

Entre os destaques, o banco reforça que:

  • o Mercado Livre está menos exposto às variações macroeconômicas brasileiras que os competidores;
  • no cenário inflacionário atual, consumidores estão mais propensos a comparar preços, o que favorece a empresa e sua seleção vasta de produtos;
  • o surto recente de casos de covid-19 no Brasil, que tem marcado recordes diários, favorece a compra online.

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No País, o crescimento do valor bruto de venda das mercadorias do Mercado Livre deve continuar consistente nos próximos dois anos, em torno de 21% ao ano, em linha com o restante do setor, que avançou 19% no quarto trimestre de 2021.

Entre os riscos, o banco destaca que a volatilidade do câmbio pode impactar negativamente os resultados, bem como o aumento da competição por incumbentes e novos players no mercado, tanto no setor de vendas, quanto em formas de pagamento, “resultando em maior custo para a aquisição de clientes e, potencialmente, menor crescimento e retornos”.

“O enfraquecimento macroeconômico do Brasil permanece uma preocupação para os investidores do Mercado Livre”, afirma. “E nós avaliamos que a companhia não está completamente protegida da redução cíclica dos gastos de consumo”.

Outro ponto que os investidores devem prestar atenção é se a empresa elevar os investimentos acima do previsto, o que comprometeria o lucro no período.

Cotação do Mercado Livre nesta quarta

Às 12h45, desta quarta-feira (26), as BDRs do Mercado Livre avançavam 2,44% intradia, cotadas a R$ 46,61.

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Pedro Caramuru

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