Veja as 5 maiores quedas das small caps; Méliuz (CASH3) cai 40%

Em um mês negativo para a maioria das small caps da bolsa, as maiores quedas do segmento ficaram por volta de 20%. Contudo, a Méliuz (CASH3) despencou mais, e apresenta uma queda de mais de 40% em agosto.

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A companhia, que já havia sido destaque da bolsa, termina o mês de agosto como a maior queda das small caps – saindo de R$ 68,87 por ação para R$ 40,68 no acumulado mensal.

Assim como o Ibovespa, o SMAL11, ETF que replica a carteira teórica de small caps listadas na bolsa, teve um mês no vermelho, com queda de 4,4%. No mês, anterior a perda foi de 5,80%.

Em um ambiente de maior tensão fiscal e inflacionária, a maioria dos analistas reduziu as projeções para os índices nos próximos meses, além de apontar para a necessidade de um bom stock picking.

As maiores quedas em small caps em agosto foram:

Méliuz foi destaque negativo entre small caps

O destaque negativo entre as small caps em agosto foi a Méliuz, que divulgou seu balanço recentemente e teve um aumento no seu prejuízo.

A companhia teve um prejuízo atribuído a controladores de R$ 6,692 milhões no trimestre, valor que equivale a um agravamento de 2,95% em relação ao segundo trimestre de 2020, quando o prejuízo foi de R$ 6,5 milhões.

Já o lucro operacional da Méliuz medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ficou em R$ 7,2 milhões negativos. Descontando itens extraordinários, o Ebitda ajustado fechou em R$ 2,4 milhões negativos.

A justificativa da companhia é de que os gastos a mais eram esperados, devido ao processo de novas contratações e investimentos do time de funcionários da empresa.

C&A cai 25%

A companhia reverteu prejuízo no 2T21, mas ainda ficou dentre as maiores quedas de agosto. No acumulado de abril a junho, a C&A apresentou lucro de R$ 69,2 milhões no segundo trimestre de 2021.

Contudo, a margem positiva é resultado de um crédito tributário de R$ 230 milhões.

Além disso, a companhia também anota efeitos da pandemia no seu balanço, com fechamento de lojas e redução do horários de operação. Deste modo, desde 2019, quando estreou na bolsa, as ações da empresa já caem quase 50%.

Sinqia também fechou o agosto no negativo

A companhia apresentou uma série de quedas sucessivas ao longo da primeira quinzena de agosto, passando a figurar dentre as maiores quedas das small caps apesar de apresentar um lucro líquido ajustado de R$ 12,5 milhões no segundo trimestre.

Esse número representa alta de 205% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Contudo, vale frisar que a queda pode ter sido ocasionada por uma realização de lucro dos acionistas, dado que a companhia ficou nos seus maiores patamares justamente nos últimos dias de julho, beirando os R$ 30.

Wiz cai com venda da Caixa

Após passar um tempo em patamares relativamente altos, as ações da Wiz despencaram desde o início de agosto, com a notícia de que Caixa Seguros Holding (CSH), controladora da Caixa Seguridade (CXSE3), contratou o Bank of America (BofA) para alienar a participação de 25% na empresa. A posição da CSH na Wiz é avaliada em R$ 620 milhões.

“Nossa trajetória é marcada por força e resiliência, por isso, o slogan Never Bet Against Wiz – Nunca aposte contra a Wiz – tem sido amplamente utilizado pelos Wizzers, pois demonstra a união desse time capaz de realizar grandes conquistas,” escreveu Heverton Peixoto, na carta da administração.

A companhia, vale lembrar, teve um baque grande ainda em fevereiro deste ano, quando perdeu a licitação para vender planos de saúde e odontológicos da Caixa Seguridade para a Alper (APER3) – negócio que representava mais de 40% do faturamento da Wiz.

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Hidrovias é a 5ª small cap que mais caiu

A companhia vem sendo cada vez mais afetada pela crise hídrica, com notícias recentes de que terá que continuar em postura restritiva como modo de “evitar uma parada plena da operação na região mais crítica”.

“A companhia segue tomando todas as medidas possíveis para operar pontualmente ao longo deste mês, no intuito de evitar uma parada plena da operação na região mais crítica do Corredor Sul”, disse a Hidrovias do Brasil recentemente.

Apesar disso, algumas corretoras acreditam que a empresa caiu além dos seus fundamentos. A XP, por exemplo, cita que o impacto no longo prazo é limitado e reitera recomendação de compra com preço-alvo de R$ 9,20.

A companhia fechou o mês de agosto tendo a 5ª pior rentabilidade dentre as small caps no mês de julho, com preço de R$ 4,58.

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Eduardo Vargas

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