Marfrig diz que imposto sobre exportação na Argentina não impactará resultados

A Marfrig (MRFG3) comunicou, nesta segunda-feira (16), que as mudanças nas leis sobre tributação de exportação na Argentina “não terão impacto material na geração de resultado da companhia”. No caso da carne bovina, a mudança na legislação tributária de exportação do país vizinho passou de 3 pesos para cada dólar exportado para uma única taxa de 9%.

De acordo com a Marfrig, a receita líquida da empresa na Argentina foi apenas 3,6% do total no acumulado do ano até setembro. Deste valor, aproximadamente 50% foi gerado a partir de vendas no mercado doméstico, em que a empresa é líder na produção e comercialização de hambúrgueres.

“Vale destacar também que aproximadamente 60% das receitas de exportações de carne bovina da Marfrig na Argentina foi para China, um dos destinos mais rentáveis do mundo dado o novo cenário global de proteínas”, comunicou a empresa.

É importante destacar que o país vizinho elevou, no último sábado (14), a tributação sobre exportações agrícolas. A ideia do governo argentino é elevar suas receitas para diminuir sua dívida de cerca de US$ 100 bilhões.

“Tendo em conta a grave situação que atravessam as finanças púbicas, é necessária a adoção de medidas urgentes de caráter fiscal que permitam atender, ao menos parcialmente, os desembolsos orçamentários com recursos genuínos”, informou o governo argentino.

As determinações sobre as taxas foram realizadas em um decreto e uma resolução publicados no Boletim Oficial do Estado da Argentina.

Follow-on da Marfrig

A Marfrig confirmou, no dia 9 de dezembro, que faria uma oferta subsequente de ações (follow-on). A oferta pode chegar a R$ 3,3 bilhões. O processo de bookbuilding e roadshow para apresentação aos acionistas teve início no dia da confirmação da oferta e se encerra nesta terça-feira (17).

A oferta será primária e inclui um lote secundário. A emissão tem como objetivo fazer com que o Banco Nacional de Desenvolvimentos Econômico e Social (BNDES) venda a parte de 33,74% da Marfrig.

Juliano Passaro

Compartilhe sua opinião