Dia de recuperação: Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) sobem no Ibovespa; entenda por quê

As ações de Magazine Luiza (MGLU3) disparam nesta sexta-feira no Ibovespa, enquanto as de Via (VIIA3), que caíam, passam a subir, em dia de correção e com o mercado também precificando uma inversão na curva de juros, o que acaba favorecendo as empresas do setor.

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No fechamento, as ações do Magazine Luiza ganharam 6,38%, a R$ 3. Os papéis da Via (VIIA3) tiveram alta de 0,60%, a R$ 1,68.

Cotação VIIA3

Gráfico gerado em: 18/08/2023
1 Dia

“Basicamente, a gente está vendo um movimento de correção, neste caso positiva, visto que estamos já há 13 pregões em queda. Com esse movimento um pouco mais favorável puxado após essa queda abrupta que nós tivemos nesses últimas sessões, já estamos vendo um cenário um pouco mais factível para novas compras. Assim, os papéis que têm mais volatilidade são os que acabam tendo maiores altas”, disse Gustavo Gomes, especialista de renda variável e sócio da Acqua Vero Investimentos.

“Outra coisa que está chamando a atenção é justamente a inversão da curva de juros. A gente viu a curva de juros futuro subindo nesses últimos 12 pregões, e agora observa esse movimento de uma inversão negativa para a curva de juros, o que também impulsiona as ações das varejistas”, completou.

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Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3): banco prefere (e indica) outra empresa do varejo

Os analistas do BTG Pactual estão de olho em outra empresa do varejo – e destacam em relatório mais duas companhias do setor. 

O setor de varejo está fortemente ligado ao cenário macroeconômico, e há perspectivas favoráveis à frente, segundo o BTG Pactual. O relatório sobre as varejistas elaborado pelo banco destaca a performance da Via e do Magazine Luiza no 2T23, detalha o quadro de dificuldades para as companhias – e aponta outra empresa que pode brilhar ainda em 2023.

De acordo com a equipe do BTG, além dos desafios macroeconômicos, varejistas como a Magazine Luiza e a Via estão lidando com alavancagem financeira, pressões na margem de lucro e desaceleração na demanda, ocorrida desde o quatro trimestre de 2022. “Isso piorou a alavancagem operacional e a dinâmica de capital de giro, uma tendência comum no primeiro semestre de 2023.”

O Magazine Luiza reportou na última segunda um prejuízo líquido ajustado de R$ 198,8 milhões no segundo trimestre de 2023, valor 77,3% maior do que o prejuízo anotado um ano atrás. A companhia citou maiores despesas financeiras com os juros altos e disse que cada ponto percentual da taxa Selic representa uma economia anual de R$ 150 milhões.

Fatores como taxas de juros mais altas e risco país impactaram o custo de capital próprio e levaram as ações da Via e do Magalu a terem um desempenho inferior em 2022 e início de 2023.

Já a Via, dona da Casas Bahia e do Ponto, divulgou no último dia 10, o seus resultados do segundo trimestre de 2023. A varejista apurou um prejuízo líquido de R$ 492 milhões. O resultado da Via no 2T23 reverte o lucro de R$ 6 milhões apresentado no mesmo período de 2022. A empresa garante, porém, que um novo ciclo está por vir e aproveitou o momento para divulgar o plano de ação da nova gestão da companhia.

Por outro lado, houve mudanças nos últimos meses, aponta o BTG. “Embora o beta do setor varejista já seja baixo, algumas empresas ainda apresentam potencial para uma queda no beta (e no custo de capital próprio), principalmente se as taxas de juros caírem mais rapidamente, o que poderia gerar uma reação positiva de curto prazo”, dizem os analistas.

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Magazine Luiza, Via e outras bateram R$ 1 trilhão em vendas em 2022

Cinco empresas dominaram as vendas online no Brasil em 2022: Amazon (AMZO34), Americanas (AMER3), Magazine Luiza (MGLU3), Mercado Livre (MELI34) e Via (VIIA3). Em 2022, o faturamento delas somou R$ 203,4 bilhões, considerando vendas de produtos de estoque próprio e de terceiros. A quantia representou no ano passado 78% do e-commerce nacional.

Os dados são da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), que ranqueou as 300 maiores varejistas em faturamento, avaliando a participação e vendas totais dos marketplaces segundo apuração da consultoria NielsenIQ.

A maior fatia do faturamento foi para o Mercado Livre (MELI34), com R$ 80,5 bilhões em 2022. A seguir é possível conferir a parcela de cada um dos markeplaces:

  • Mercado Livre (MELI34): R$ 80,5 bilhões;
  • Americanas (AMER3): R$ 44,3 bilhões (número anteriores à crise de inconsistências contábeis);
  • Magazine Luiza (MGLU3): R$ 43,3 bilhões;
  • Via (VIIA3): R$ 20,5 bilhões;
  • Amazon (AMZO34): R$ 14,6 bilhões.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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