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Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3): quais são os fundos que mais investem nas varejistas?

Duas das varejistas mais importantes do setor no Brasil, a Magazine Luiza (MGLU3) e a Casas Bahia (BHIA3) estão não só na mira de investidores como também fazem parte do portfólio de diversos fundos de investimento. Mas será que eles exercem alguma influência nessas companhias?

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Segundo dados da Economatica, os cinco fundos com maior participação na Magazine Luiza (MGLU3) detêm, juntos, cerca de R$ 90,815 milhões em ações da companhia. Só o BB Top Acoes Total Return FI, líder dessa lista, tem cerca de R$ 21,5 milhões em papéis da varejista em sua carteira.

“No caso da Magalu, o bloco de controle formado pela família Garcia e família Trajano tem mais de 50% das ações. Nenhum outro acionista tem mais de 1% das ações. Dito isso, não acho que esses fundos consigam exercer qualquer influência na empresa”, disse Malek Zein, analista de equity research.

Confira outros quatro fundos que mais investem na Magazine Luiza, segundo a Economatica:

  • Alaska Black Master FIA Bdr Nivel I (R$ 20,504 milhões);
  • FIA Alvorada (R$ 17,857 milhões);
  • Itau Optimus Extreme Mult FI (R$ 15,501 milhões);
  • Alaska Institucional FIA (R$ 15,449 milhões).

Naturalmente, cada um desses fundos da Magazine Luiza tem visões e estratégias diferentes. O BB Top Acoes Total Return FI tem em sua carteira outra varejista, o Assaí (ASAI3), com R$ 21,4 milhões em ações, além de empresas de outros setores, como:

  • Vale (VALE3): R$ 106,544 milhões;
  • Petrobras (PETR4) R$ 75,599 milhões;
  • Itaú (ITUB4): R$ 74,477 milhões;
  • B3 (B3SA3): R$ 37,877 milhões;
  • Minerva (BEEF3): R$ 24,787 milhões; 
  • Gerdau (GGBR4): R$ 23,391 milhões.

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Quais os fundos que mais investem na Casas Bahia (BHIA3)?

Segundo a Economatica, os cinco fundos com maior participação na Casas Bahia (BHIA3) detêm, juntos, cerca de R$ 617,528 milhões em ações da companhia. Só o FIA Goldentree, líder dessa lista, tem cerca de R$ 297,999 milhões em papéis da varejista em sua carteira.

Em segundo lugar, está o Twinsf FIA Ie, com cerca de R$ 285,839 milhões em ações da Casas Bahia

“No caso da Casas Bahia, de fato, os dois maiores acionistas possuem juntos aproximadamente 16% das ações e podem influenciar a empresa. Porém, não temos informações para afirmar se eles têm sido ativistas. Poderiam influenciar porque a Casas Bahia não tem bloco de controle e uma base pulverizada”, afirma Zein.

Confira outros três fundos que mais investem na Casas Bahia, segundo a Economatica:

  • Cobuccio FI Mult Cred Priv (R$ 15,815 milhões);
  • Brasilprev Top Plus FIA (R$ 10,145 milhões);
  • Caixa FIA Small Caps Ativo (R$ 7,729 milhões);

Magazine Luiza (MGLU3) é uma das varejistas indicadas por analistas para 2024

Em relatório divulgado no início da semana, o BB Investimentos indicou que, além de ser referência no consumo de bens duráveis com boa execução operacional, o Magazine Luiza deve ser favorecido em 2024 pela continuidade do ciclo de redução da taxa de juros no Brasil. A casa recomendou outras duas varejistas, consideradas “preferidas do setor”, para o ano que vem.

No texto, os analistas Victor Penna e Wesley Barnabé destacam que a Magalu tem se esforçado para monetizar sua operação e aumentar suas margens operacionais, em um momento de forte pressão sobre os resultados em função de um cenário menos propício para o consumo de bens duráveis.

A varejista, dizem eles, se empenhou em simplificar sua estrutura e impulsionar a plataforma de marketplace do Magalu, reduzindo o tíquete médio das vendas.

“Em nossa visão, a melhoria do cenário de concessão de crédito e inadimplência deve impulsionar a venda de bens duráveis, que passou por uma ressaca nos últimos anos após o boom de consumo durante a pandemia. Com isso, esperamos que a Magazine Luiza reporte crescimento de receita e ganho de alavancagem operacional ao longo de 2024, favorecendo a valorização das ações da companhia, as quais também se beneficiarão da redução da taxa de desconto e do fechamento da curva longa de juros”, avaliam.

BB Investimentos pontua, ainda, que em 2023, as companhias varejistas foram impactadas negativamente pela cobrança do Difal (diferencial de alíquota do ICMS), com a necessidade de repasse desse custo aos consumidores ao longo do ano, o que impactou a margem bruta da Magazine Luiza no primeiro semestre.

“Essa pressão, contudo, deixa de impactar os resultados em 2024 do Magazine Luiza, haja vista o repasse ser concluído ainda neste ano”, acrescentam.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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