Exclusivo: Madero mira expansão de ‘Parada’ antes de IPO

O ano de 2020 é, no mínimo, desafiador ao Madero. A rede de restaurantes, que planejava captar R$ 3 bilhões em uma Oferta Pública de Ações (IPO, em inglês), se viu atingida em cheio pela pandemia do coronavírus (covid-19) e a polêmicas do fundador e presidente, Junior Durski. Se o IPO ficou para depois, a bola da vez agora é a expansão do Parada Madero, o projeto de restaurantes de estrada com pitadas de ESG (padrões ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês).

A empresa planeja abrir cinco unidades do Parada Madero por ano. Revelado pelo SUNO Notícias, o Parada é a estratégia de Durski para competir com os grandes players do setor no Brasil: Graal e Frango Assado e, agora, é também uma aposta da companhia para aumentar o core business da empresa -que já possui as marcas Madero, Jerônimo, Café Madero e Restaurante Durski.

O primeiro local escolhido foi um complexo perto do quilômetro 44 da rodovia Castello Branco, que liga a capital de São Paulo ao interior do estado, próximo a cidade de Itu. O local, comprado em janeiro, será o teste inicial à estratégia e deverá ser inaugurado ainda neste ano.

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“Como o IPO teve que esperar, o Madero optou por alavancar a abertura de novos pontos. A empresa já inaugura cerca de cinco novas unidades do Madero e Jerônimo por mês. Agora, deve passar também a abrir cinco Parada Madero por ano durante alguns anos, entrando de vez nessa briga”, disse uma fonte com conhecimento da empresa.

A empresa, que vinha em um ritmo forte de abertura de lojas da Madero e Jerônimo antes da pandemia, começa agora a retomar o plano de expansão pelo Brasil. Com a abertura do Parada Madero e a abertura de cerca de cinco por ano, a companhia deve se aproximar do Graal (com cerca de 50 unidades) e Frango Assado (com 25 unidades) no médio prazo.

A diferença, contudo, é que todas as lojas do local deve pertencer a companhia, de forma a reduzir os custos e aumentar os lucros.

O Madero já contava com restaurantes menores, feitos em contêineres e próximos a grandes avenidas de cidades e algumas rodovias, como forma de atrair motoristas. Mas, até então, não possuía uma operação com todas as marcas em uma grande estrada brasileira.

Dessa forma, os controladores do negócio também enxergam uma oportunidade de fazer com que as demais marcas fiquem mais conhecidas do grande público antes do IPO da empresa, o que pode trazer um hype a mais à oferta pública. O IPO, no entanto, deve ficar para o ano que vem.

ESG é aposta para captar mais no IPO

Se a moda do mercado atual é o ESG, o Madero promete se esforçar para agradar investidores e, assim, captar ainda mais. Por isso, o novo projeto deverá ser o cartão de visitar da companhia nesse quesito e, por isso, irá seguir algumas normas do padrão, principalmente relacionados ao “E”, ou seja, aos padrões ambientais.

A primeira alteração foi na comunicação do novo projeto. O prefixo “eco” foi introduzido e, agora, o projeto se chama Eco Parada Madero. O projeto, assinado pela arquiteta Kethlen Durski, esposa de Junior, deverá ser um case do Brasil e até mesmo das ambições globais da marca para um modelo sustentável.

O Eco Parada Madero terá captação de energia própria, locais para abastecimento de carros elétricos, atendimentos automatizados, além de um aplicativo desenvolvido especialmente para o projeto.

“Será um projeto que terá a marca e a digital da sustentabilidade, de olho nesse novo mercado que vem surgindo”, disse uma fonte com conhecimento sobre a Madero. Procurada, a Madero não comentou o assunto.

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Vinicius Pereira

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