Lula 'agiu no sentido de buscar a boa política', diz Alckmin, sobre PEC

O vice-presidente eleito da República, Geraldo Alckmin (PSB), voltou a defender a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição aprovada na quarta-feira, 7, no Senado e que agora segue em negociações na Câmara. Ele disse nesta quinta-feira, 8, em entrevista à GloboNews, que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “agiu no sentido de buscar a boa política”.

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“Política não se obriga, se convence”, afirmou Alckmin, destacando que o petista tinha outras formas para conseguir abrir caminho no Orçamento para cumprir promessas de campanha, como pretende por meio da PEC de Transição.

Alckmin ressaltou que “não está sobrando dinheiro”. “Você tem o mínimo para suprir educação, habitação, saúde”, destacou, ao falar sobre os R$ 145 bilhões em dois anos de ampliação no teto de gastos que estão previstos no texto da PEC.

Alckmin: “Sefendo uma agenda de competitividade”

O vice-presidente eleito defendeu a simplificação do regime tributário por meio da aprovação de uma reforma tributária. “Eu defendo uma agenda de competitividade, reforma tributária. A gente precisa simplificar o regime tributário. Precisamos fazer acordos internacionais; o Brasil está isolado”, disse.

O vice-presidente eleito afirmou ainda que “atentar contra a democracia é crime e tratar dessa forma é coisa de menino mimado, pega o jogo e leva a bola”. “É crime e não pode ser tolerado”, disse em entrevista à Globonews.

Desde a eleição, manifestantes bolsonaristas insatisfeitos com o resultado do pleito estão em frente a quartéis-generais e pedem por intervenção militar para tentar impedir a posse do presidente eleito, o que é inconstitucional.

Senado aprovou PEC da Transição na quarta (9)

Na noite desta quarta-feira (7), o Senado aprovou, em dois turnos, a PEC da Transição. No segundo turno, a votação da Proposta de Emenda à Constituição contou com 64 votos a favor e 13 contrários. Em primeiro turno, o placar foi  64 votos a 16 e, no segundo turno, 64 votos a 13. Eram necessários 49 votos para a aprovação da PEC. A matéria segue para a Câmara  dos Deputados. A proposta amplia o teto de gastos em R$ 145 bilhões pelo prazo de dois anos.

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Alckmin repete não ser incompatível responsabilidade fiscal e avanços sociais

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, disse que não vê como incompatível haver responsabilidade fiscal e ter avanços de natureza social. “Um crescimento com estabilidade. Não pode ter inflação, porque ela não é socialmente neutra, ela onera o mais pobre. O crescimento tem que ter sustentabilidade, não pode destruir meio ambiente”, afirmou, em participação em evento organizado pelo grupo de empresários Esfera Brasil.

Segundo Alckmin, o novo governo quer um Brasil que cresça, gere emprego e seja socialmente mais justo. “Esse caminho é possível de alcançar. Vejo com otimismo, embora o cenário internacional seja de crescimento menor. Podemos receber muitos investimentos com a questão da mudança climática”, afirmou.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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