Loggi desliga 15% dos funcionários e troca de CEO

A Loggi, startup de entrega de encomendas, se tornou o mais novo “unicórnio” (startup avaliada acima de US$ 1 bilhão) nacional a demitir em massa. Nesta segunda-feira, a empresa dispensou 15% dos 3,6 mil funcionários.

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Além disso, a Loggi anunciou uma troca entre os cargos executivos da empresa, com o atual diretor financeiro, Thibaud Lecuyer, assumindo como CEO.

O movimento de demissões está pulando de porta em porta em diversas startups no Brasil, como aconteceu no QuintoAndar, Ebanx, Shopee, entre outras.

A empresa disse em comunicado que “a redução de seu quadro de funcionários faz parte de um conjunto de ações de aumento de eficiência operacional tomadas nos últimos seis meses para adaptar a companhia ao novo cenário global e garantir a sustentabilidade do negócio”.

Lecuyer entra no lugar de Fabien Mendez, um dos cofundadores da Loggi, que vai assumir a presidência do conselho.

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De acordo com reportagem do O Estado de S. Paulo, o antigo CEO afirma que a alta da inflação trouxe estagnação para as empresas de e-commerce. Desta forma, os negócios da Loggi sofrem grande impacto, uma vez que a empresa é especializada em entrega de pacotes de vendas online.

Atualmente, a Loggi atua em 4 mil municípios brasileiros. Fabien Mendez disse em entrevista ao Estadão que até fevereiro deste ano o setor conseguiu operar com crescimento. A estagnação se instalou e permaneceu inalterada a partir de abril, conforme o executivo.

Outra empresa que sofreu como a Loggi foi a Facily, que vinha com problemas desde o final de 2021. Passado o período recorde em aportes no setor, com o mercado aquecido, a companhia expôs dificuldades somente quatro meses depois, quando mais de mil pessoas foram demitidas, entre funcionários diretos e terceirizados.

O hipermercado digital Facily parecia ser uma das maiores histórias de sucesso no cenário recente de inovação. Em dezembro de 2021, pouco mais de três anos desde a sua fundação, a companhia atingiu o status de “unicórnio”.

startup atua como um hipermercado digital, vendendo alimentos e produtos de limpeza por meio de um app. Para diminuir custos, a startup entrega as mercadorias em pontos de retirada, locais estratégicos onde o próprio cliente busca as compras. A cadeia simplificada atraiu investimento.

Da mesma forma que ocorreu com a Loggi, vieram os cortes em abril, quando o temor por inflação alta tomou conta do mercado de vez. A Facily enxugou cerca de 60% da folha de pagamento.

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Victória Anhesini

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