Light (LIGT3) troca CEO e faz ‘dança das cadeiras’

A Light (LIGT3) decidiu trocar seu CEO no âmbito do seu processo de transição.

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Octavio Pereira Lopes, que era o CEO da Light, deixará o cargo, dando lugar a Alexandre Nogueira Ferreira – que ocupava o cargo de diretor regulatório e de relações institucionais da empresa.

“A Light informa que o Conselho de Administração, em reunião realizada nesta data, aprovou o início de um período de transição, pelo qual o Sr. Octavio Cortes Pereira Lopes deixará as suas funções nas Companhias tão logo se conclua a reestruturação financeira em curso, ou 31 de dezembro de 2023, o que ocorrer primeiro”, explica a companhia.

Alexandre, que será o novo CEO, trabalhou 22 anos na Energisa (ENGI11), empresa em que teve destaque por bom relacionamento institucional junto aos órgãos reguladores – como ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o Ministério de Minas e Energia (MME).

A transição incluirá o atual diretor administrativo, Vinícius Roriz, que assumirá como o Chief Operating Officer (COO) da Light.

As mudanças no comando da companhia já eram relativamente aguardadas desde que o quadro societário foi alterado, com o empresário Nelson Tanure se tornando o maior acionista da companhia e convocando reuniões para pedir uma nova abordagem na companhia.

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Light quer retirar subsidiária do processo de recuperação judicial; saiba mais

O conselho de administração da Light deliberou que a Light Energia, subsidiária de geração e transmissão da elétrica, protocole na Justiça um pedido para sair do processo de recuperação judicial que corre na 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro.

No comunicado, a companhia informou que a decisão foi tomada após “tratativas extrajudiciais realizadas com seus credores e demais stakeholders”.

A decisão poderia estar relacionada à negociação com o Santander (SANB11). Em julho, o banco abriu mão das garantias da holding, “quebrando” o guarda-chuva que mantém a Light Energia na recuperação judicial. O objetivo era executar um título extrajudicial da geradora fora da recuperação judicial.

O banco chegou a obter na Justiça uma ordem de execução, porém a elétrica conseguiu suspender a determinação.

Na noite da segunda, a subsidiária informou, em comunicado ao mercado, já ter solicitado à Justiça do Rio de Janeiro a sua retirada da “relação jurídico-processual no âmbito da recuperação judicial” de sua controladora, Light S.A.

A dívida da controlada reúne debêntures e bonds e soma cerca de R$ 1,8 bilhão, quase 16,7% da dívida total do Grupo.

Na nota, a companhia destacou que “essa alteração está sujeita à conclusão satisfatória dessas negociações (com os credores), que ainda estão em curso.”

A empresa detalhou que “não está e nem nunca esteve em recuperação judicial”, reafirmando o argumento de que o processo de RJ da Light S.A estendeu os efeitos do “stay period” para as obrigações financeiras das subsidiárias, a Light Energia (geradora) e a Light Sesa (distribuidora). “As dívidas do grupo têm coobrigação.”

Com a solicitação, a Light Energia está pedindo para deixar de estar sob os efeitos dessa “proteção financeira”, concluiu a companhia.

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Eduardo Vargas

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