Saiba as lições que 2020 deixa para você aplicar nos investimentos

O ano de 2020 foi, nas palavras da analista CNPI da SUNO Research Gabriela Mosmann, “uma loucura”. O período, no entanto, não foi todo tragédia e trouxe um sem-número de aprendizados para aplicar nos investimentos.

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De fato, eram poucas as pessoas que poderiam ter previsto a pandemia de covid-19 e a recessão que decorreria da crise sanitária, se não nenhuma. No início do ano, em janeiro, a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, registrava algo em torno de 1.500 investidores e o Ibovespa colocou o pé em 2020 aos 118 mil pontos.

O novo coronavírus, que já estava por aí, embora ainda pouco conhecido do mundo, virou tudo de cabeça para baixo. Em questão de três meses, tudo despencou. Já em meados de março, o índice de referência da bolsa brasileira ficou abaixo dos 63 mil pontos.

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O cenário, entretanto, não perdurou. Foram meses de alta volatilidade do Ibovespa até a recuperação do benchmark agora, em dezembro. E nesse meio-tempo surgiram diversas lições para o investidor.

Por isso, o SUNO Notícias reuniu alguns aprendizados deixados por 2020 proferidos por nossos analistas na Super Aula da SUNO Research. Veja alguns.

Solidariedade e reinvenção

Durante o evento, Mosmann ressalta como as expectativas com as quais iniciamos o ano não serviram para ilustrar o que viríamos a enfrentar em 2020.

Nesse sentido, a analista destaca a importância da reinvenção, isto é, aprender “a lidar com cada incerteza que vai aparecendo”.

De acordo a especialista, outro ponto essencial foi a troca de ideias e experiência com companheiros. Foi também o que indicou o analista da SUNO Research Alberto Amparo, que chamou atenção para o aspecto de colaboração em meio à pandemia.

Nesse sentido, as primeiras lições que ficam de 2020 são a solidariedade, trabalhar menos pelo ego e mais pelo coletivo; e a reinvenção, de aprender a agir perante a mudança e tirar o melhor proveito de situação inesperadas.

Portfólio multicenário

Em relação a ações, Amparo ressalta que a tendência do investidor é realizar projeções a partir do ponto em que está atravessando, seja para o bem ou para mal.

Apesar disso, o especialista pontua que “o mundo não cresce em linha reta. Ele é cíclico e, quando você vai posicionar seu portfólio, não tem que posicioná-lo para um cenário que será vencedor no futuro”.

Amparo afirma que o investidor deve montar um portfólio multicenário, para que o mesmo tenha sucesso em diversas conjunturas que venham a aparecer.

Com isso, a segunda lição deixada por 2020: o futuro é imprevisível e a carteira deve estar “bem posicionada tanto para tempos de prosperidade quanto para tempos de escassez”.

Informação de qualidade e economia forte

Marcos Baroni, analista CNPI, especialista em fundos imobiliários da SUNO Research, vai para outro lado, para o que chamou de “provocação”.

Segundo ele, a quantidade de dados que produzimos hoje é milhões de vezes superior ao número que tínhamos acesso no passado. Apesar disso, a crise ainda pegou o mundo desprevenido.

“O mundo nunca produziu tanto conteúdo, tanta informação no planeta, e, ao mesmo tempo, entramos em um apagão quase em nível global”.

Desse modo, Baroni declarou que devemos prestar atenção à qualidade das informações, para que o investidor consiga tomar as melhores decisões envolvendo seus investimentos.

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Outro apontamento do especialista é que o desempenho das ações, FIIs e do mercado de capitais em geral é consequência de uma economia forte.

A partir disso, o analista diz que a economia deve ser manter forte para que toda a qualidade se transforme em resultados.

Diversificação geográfica

Por sua vez, Tiago Reis, o fundador da SUNO Research, diz que que 2020 foi o “ano da diversificação internacional“.

O analista CNPI relembra que o “Brasil é uma mercado emergente“. “Numa crise, os mercados emergentes como o brasileiro são os que mais sofrem e este ano mostrou exatamente isso”.

Dessa maneira, mais uma lição que é possível tirar de 2020 é a de descorrelacionar os investimentos, com ênfase na diversificação geográfica.

Bolsa é para cima

Por fim, o fundador da Suno Research crava que “bolsa é para cima”, salientando que os desafios enfrentados pela humanidade são superados ao longo do tempo. “Por mais que a gente viva um ambiente desafiador, as bolsas estão nas máximas.”

As crises vão e vem e a tendência da Bolsa de Valores é continuar crescendo, essa a última lição para aplicar nos investimentos. Embora ainda não seja possível saber quando, a pandemia de covid-19 vai ficar para trás.

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Arthur Guimarães

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