Klabin (KLBN11): analistas destacam EBITDA do 4T21 como “acima do esperado”

Após divulgar o seu balanço trimestral, a Klabin (KLBN11) subiu 0,3% nos seus papéis no intradia. As units já alcançaram 2,7% de valorização durante o pregão. Na reta final do fechamento, porém, às 17h15, as ações oscilam e caem 0,83%. A alta se deu devido às margens melhores do que o esperado, com preços altos e bons números para a Klabin, que apresentou R$ 1,050 bilhão de lucro líquido.

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“A Klabin reportou mais um conjunto de bons resultados, em linha com nossas estimativas. O EBITDA recorrente foi de R$ 1.884 milhões e ficou em linha com nossas estimativas, queda de 2% no trimestre (no comparativo trimestral) e alta de 44% no comparativo anual, com margem EBITDA de 41% (-3p.p. no comparativo trimestral)”, diz a XP Invesetimentos.

Para a corretora, os principais destaques positivos foram os preços mais altos em diversos produtos e melhor mix de vendas de celulose. Por outro lado, os custos de celulose aumentaram 14% de variação no comparativo trimestral, enquanto as despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) subiram 16% no comparativo anual, em razão da incorporação da IP.

A casa mantém recomendação de compra mirando R$ 31,2 por ação ante 25,25 de cotação atual.

Já o BTG Pactual mira R$ 39 por unit, mantendo recomendação de compra com uma “gestão que entrega em todas as frentes”

“A Klabin apresentou números sólidos no 4T21, em linha com as expectativas do mercado. Como sempre, números altamente previsíveis, que valorizamos como analistas de negócios. O EBITDA foi de R$ 1,88 bilhão, 3% acima da nossa previsão”, diz o banco.

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“A tese de investimento continua se desdobrando bem com métricas de alavancagem melhorando, resultados operacionais expandindo em volumes crescimento e ROICs elevados. Dada a nossa visão otimista sobre o estado dos mercados de celulose, acreditamos que o consenso para 2022 deve ser revisado para cima e esperar que a ação tenha um bom desempenho”, reitera o banco.

O BTG também destaca a forte liquidez de solidez que compensa os custos crescentes.

Goldman Sachs vê R$ 30 por KLBN11

Com preço-alvo menor e recomendação neutra, o Goldman Sachs foi um dos poucos que estimaram o Ebitda da Klabin acima do que apontou seu resultado financeiro – apesar de o indicador bater com o consenso da Bloomberg.

“Semelhante ao trimestre anterior, o desempenho operacional foi bom, com a nova máquina de kraftliner funcionando a 70% no trimestre (após o start up do 3T21), volumes de vendas ainda próximos da capacidade total (ajustado por algum atraso logístico) e aumento de preço percebido no mercado local moeda para todos os negócios (o preço da celulose realizado é uma boa surpresa)”, diz o banco de investimento.

Apesar disso, os analistas veem a inflação de custos como um grande risco, apesar do crescimento consolidado de 26% no comparativo anual.

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“Alguns insumos de commodities (produtos químicos, combustíveis) se estabilizaram em níveis elevados, mas os custos da madeira podem continuar a subir e impactar os lucros da empresa em 2022”, diz o Goldman Sachs.

“Olhando para o futuro, os preços da celulose foram mais fortes do que o esperado, principalmente devido à oferta global mais fraca do que o esperado (interrupções e questões de logística), enquanto o crescimento da produção da nova fábrica de kraftliner também deve ser favorável aos lucros. No entanto, mantemos nosso Neutro, pois vemos o atual momento positivo da celulose como temporário e ainda vemos riscos de preço no 2S22”, conclui.

Veja o balanço da Klabin

No seu resultado a companhia apontou uma queda de 21% no seu lucro na comparação anual.

“No mercado de celulose, o balanço de oferta e demanda manteve-se equilibrado durante o trimestre diante da forte diferença de consumo entre as geografias”, comenta a administração da empresa.

“A demanda permaneceu forte na Europa, EUA e América Latina e em patamar inferior ao trimestre anterior na China, enquanto a oferta seguiu impactada pelas dificuldades logísticas”, acrescenta.

Apesar disso, a empresa ainda ficou com a última linha do balanço do 4T21 acima do esperado. A XP Investimentos, por exemplo, projetava uma retração maior, com lucro de R$ 826 milhões no trimestre.

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No total, a companhia produziu 1 milhão de toneladas entre outubro e dezembro de 2021, volume 17% maior do que o visto em igual período no ano de 2020. A empresa frisa que isso foi fruto da parada de manutenção da Unidade Puma realizada em dezembro de 2020.

Assim, a receita líquida da empresa foi de R$ 4,58 bilhões, alta de 39% em relação ao mesmo período do ano anterior e dentro do esperado por analistas.

Ebitda ajustado foi a R$ 1,88 bilhão, alta de 44% e também conforme o projetado pelo mercado.

Segundo o informe da Klabin, o aumento do Ebitda contribuiu para a desalavancagem mesmo durante o ciclo de investimentos do Puma II, com redução da relação da dívida líquida com Ebitda medida em dólares para 2,9x ao final do 4T21.

Dividendos da Klabin

Em reunião do Conselho de Administração no dia 8 de fevereiro de 2022, foi aprovado o pagamento de dividendos da Klabin complementares para as ações no valor total de R$ 377 milhões.

O valor correspondente às ações ordinárias e preferenciais é na razão de R$ 0,06864291793 por papel. Por unit, a razão dos dividendos é de R$ 0,34321458965.

O pagamento dos proventos será realizado pela Klabin em 25 de fevereiro de 2022. As ações passarão a ser negociadas “ex-dividendos” a partir de 15 de fevereiro de 2022.

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Eduardo Vargas

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