Juros futuros avançam com votação da PEC emergencial no radar

Os contratos de juros futuros avançam nesta quarta-feira (3), com o mercado de olho na questão da responsabilidade fiscal. Por volta das duas horas, os contratos de juros futuros baseados no depósito interfinanceiro (D.I.) com vencimento em janeiro de 2027, na ponta longa da curva, avançavam 292 pontos base, com taxa de 8,32%. Já os com vencimento em janeiro de 2025 avançavam 295 pontos base, a 7,67%.

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O contrato com vencimento em janeiro de 2022, na ponta curta, subia 272 pontos, a 2,72%. Para 2023, o avanço é de 225 pontos, com as taxas em 5,895%. Esse avanços nos contratos de juros futuros são impulsionados pela maior incerteza.

Hoje pela manhã, o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial, que tratará de novas rodadas do auxílio emergencial, Marcio Bittar (MDB-AC) afirmou, em entrevista à rádio CBN, que incluirá no texto a possibilidade do governo realizar novos empréstimos e que não há “outra saída” para isso.

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Com a votação da PEC Emergencial marcada para hoje, o mercado acompanha as notícias com temor de que os gastos públicos cresçam. Com a perspectiva de alta dos juros futuros, motivada pelo descontrole fiscal, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recua 2,36% às 14h00, a 109.035 pontos.

Falas de parlamentares que defendiam excluir o Bolsa Família dos gatilhos para controlar o teto de gastos feitas feitas nesta terça também se fazem sentir no pregão. Foram circuladas ainda notícias de que integrantes do próprio Governo Federal defendem a medida.

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A debandada de membros do Conselho da Petrobras e o noticiários de novas restrições pelo país, como no caso de São Paulo, que voltou à fase vermelha, a mais “grave” do seu plano de controle, ajudam os juros futuros a ganharem tração.

Além do juros futuros, o dólar sobe ante o real. O Banco Central entrou, queimando reservas, vendendo 16 mil contratos de swap para tentar aplacar a alta da moeda americana.

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Vitor Azevedo

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