J.P. Morgan recomenda ações para 2020, diminuindo a exposição ao ouro
Uma das maiores instituições bancárias dos Estados Unidos, o J.P. Morgan (NYSE: JPM), para 2020, está recomendando uma alocação de investimentos com maior risco. O objetivo é aproveitar o impulso da economia global após a desaceleração dos últimos meses.
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Os papéis em Bolsa de Valores são um tema comum entre as maiores convicções do gigante de WallStreet. As indicações do J.P. Morgan englobam bancos japoneses, ações alemãs e mercados emergentes, como o Brasil, segundo relatório de alguns dos seus estrategistas divulgado na última quarta-feira (11).
O banco continua com a recomendação underweight em títulos de dívida, principalmente em crédito privado com grau de investimento, e aconselhou diminuir a exposição em ouro.
“Se os riscos cíclicos ou políticos retrocederem em 2020, seria difícil para os alocadores de ativos não aceitarem maior peso em ações”, disseram os analistas.
JP Morgan otimista com 2020
De acordo com o banco, esse é especialmente o caso levando em consideração que as posições em dinheiro e títulos rendem “significativamente” menos do que as ações atualmente.
Como os índices globais de gerentes de compras do setor de manufatura já atingiram o piso e os empregos norte-americanos seguem constante, os riscos de recessão nos Estados Unidos foram mitigados, segundo os analistas. Isso reforça a concepção de que os três cortes das taxas de juros feitos pelo Federal Reserve (Fed) neste ano foram um ajuste de meio do ciclo.
Em dezembro de 2018, os estrategistas recomendaram uma posição positiva em ações versus títulos, com a ideia de que os ganhos continuariam a superar as expectativas. Por mais que os títulos tenham apresentado uma guinada em 2019, o retorno ficou bem abaixo do índice de ações globais MSCI ACWI.
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O banco salientou que o maior risco aos mercados em 2020 é a eleição presidencial estadunidense, principalmente se uma candidata do Partido Democrata, como Elizabeth Warren, vencer a disputa eleitoral.
O J.P. Morgan recomenda uma posição comprada no câmbio em dólar e no franco suíço como proteção contra os riscos das eleições primárias, quando há o risco dos democratas ascenderem seu líder.