Doria: Não terei um ‘Posto Ipiranga’

Em plena campanha, o pré-candidato à Presidência da República, João Doria (PSDB-SP), afirmou que ‘não terá um Posto Ipiranga’ neste domingo (10), em crítica ao presidente Jair Bolsonaro (PL) – que, por sua vez, usa a alcunha para se referir ao seu Ministro da Economia, Paulo Guedes.

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Doria foi sabatinado no Brazil Conference, evento organizado por estudantes brasileiros em Boston (EUA).

Ainda no dia 31 de março o político afirmou que deixaria de ser governador de São Paulo para disputar a presidência.

Segundo Doria, o o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles será seu braço direito na ala econômica do seu governo – em conjunto com as economistas Ana Carla Abrão, Vanessa Rahal e Zeina Latif.

A equipe daria um tom reformista para o Planalto, segundo as falas mais recentes – se apoiando nos insucessos de Guedes nessa trincheira, como a ausência de uma reforma tributária robusta, além de uma reforma administrativa.

Afora, isso, há as pautas das privatizações, caras para ambos as equipes econômicas, porém com uma série de obstáculos.

“Há técnicos alinhados à abertura de mercado, mas isso ‘bate’ com as limitações políticas de dentro do próprio governo. O próprio desinteresse do Executivo em alguns temas, como a abertura do comércio, reforma administrativa e outros tema, é um exemplo. Estamos estagnados e a agenda econômica precisa ser mais ambiciosa”, disse Zeina Latif, em entrevista ao Suno Notícias.

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Doria também deve contar com o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, na coordenação do seu programa de governo.

O presidenciável se rotula como um “liberal social” e disse, no Brazil Conference, que seu programa de governo contemplará as agendas econômicas e sociais.

“Antes de iniciar minha vida pública, há seis anos, eu era um liberal. Mas eu vi a dimensão real da pobreza quando assumi a prefeitura e o governo do Estado de São Paulo“, disse.

Durante a sabatina, prometeu que, se eleito, promoverá as reformas administrativa e fiscal, além de complementar a previdenciária.

Na ocasião, frisou diversas fez que é antagônico ao atual presidente, com que teve diversas rusgas desde o início da pandemia.

Vale lembrar que, em meados de 2018, Doria declarou apoio ao Bolsonaro e surfou a onda de popularidade do presidente com a campanha “BolsoDoria”, que o visava para governador de SP e Bolsonaro para a presidência.

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Pandemia e Exército são centro das críticas de Doria

Durante o evento, a pandemia foi justamente o principal ponto de crítica à Bolsonaro, ao passo que a vacina e outras medidas de restrição foram algumas bandeiras do governo.

“Infelizmente, o Brasil ficou mais desigual. Nos últimos três anos, o que já era ruim, piorou, não apenas (por causa) da pandemia. Piorou pela ineficácia, inoperância e incapacidade do governo (federal) de realizar políticas públicas na área social, de educação, ambiental, econômica. Um conjunto de fracassos que está sendo pago pela população brasileira”, disse Doria.

Em outra fala, destacou que se arrependia do apoio ao atual presidente, citando o papel do exército e das forças armadas como crucia.

“Vamos resgatar o papel constitucional das Forças Armadas”, disse Doria, citando que as Forças Armadas ultrapassaram as fronteiras do limite (do seu papel).

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“Não há nenhuma área do atual governo, e não quero ser antagonista, que possa merecer sequer um elogio”, destacou.

Além disso, citou o exílio de seu pai e disse que sempre respeitou o papel do Exército, Marinha e Aeronáutica, mas que os papéis dos militares serão bem definidos.

Por fim, falou de questões ambientais, de diversidade e inclusão, destacando que os programas que emprega no Estado de São Paulo devem ser ampliados para esfera federal e devem ser elaborados por Maia.

No tema, destacou a participação de duas de suas secretárias no governo, Patrícia Ellen (desenvolvimento econômico) e Celia Parnes (desenvolvimento social), nas idealizações dos planos de inclusão de sua gestão.

Doria também disse que ‘O PSDB é um partido que não tem dono’ e que encontrou resistência ao concorrer para SP, e não se assustou com alguns obstáculos para balizar sua candidatura ao Planalto.

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Eduardo Vargas

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