Grana na conta

Agora vai? J&F avalia nova proposta pela Braskem (BRKM5), diz jornal

A J&F, holding de investimento da família Batista e dona da JBS (JBSS3), avalia fazer uma proposta de compra de 100% da Braskem (BRKM5). As informações são do Valor Econômico.

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Durante a semana, representantes do sindicato de bancos credores da Novonor, ex-Odebrecht, que detêm ações da Braskem como garantia, se reuniram com executivos da gestora americana Apollo, BTG Pactual (BPAC11) e J&F para dar um retorno sobre a recusa pelas propostas apresentadas por eles.

Segundo divulgou o Valor, o BTG e a J&F estavam dispostos a comprar a dívida dos bancos credores, que hoje soma cerca de R$ 15 bilhões, com descontos.

A Apollo fez uma oferta de R$ 45 por ação e sua proposta era de comprar a totalidade da companhia, colocando como condicionante da saída da Petrobras (PETR4) para concretizar a operação.

Os bancos credores — Banco do Brasil (BBAS3), BNDES, Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11) — por sua vez, não estão dispostos a conceder descontos no valor total das dívidas. No caso da Apollo, entendem que o valor de R$ 45 por ação e as condições impostas pela gestora apresentam riscos.

O Valor divulgou ainda que a Unipar (UNIP6) e o grupo Ultra, em parceria com a gestora Lumina, correm for fora e fizeram uma proposta para a Novonor em um outro formato.

Enquanto a Unipar chegou a oferecer R$ 10 bilhões pelos ativos da Braskem em São Paulo, o consórcio entre Ultra e Lumina propôs um aporte de R$ 1,3 bilhão na empresa, entrando no bloco de controle junto com Novonor e Petrobras. Na proposta, o consórcio chegaria a 51% de participação em aproximadamente três anos.

Fontes ligadas à J&F disseram ao Valor que a holding deverá rever a proposta e está disposta a comprar 100% da companhia. O Banco do Brasil e o BNDES, entretanto, teriam ressalvas em negociar com a holding, por conta dos escândalos do Joesley Day.

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Ações da Braskem sobem

O mercado encarou com otimismo a notícia envolvendo a Braskem e a J&F.

Após a divulgação das supostas movimentações ao mercado, as ações da Braskem saltaram quase 6%, sendo negociadas a aproximadamente R$ 32,25.

O Bradesco BBI, em relatório, afirmou ser difícil qualquer operação ainda em 2022, graças às eleições e ao risco de mudança de governo.

“Para a saída da Petrobras, acreditamos que a avaliação precisaria ser bem superior a R$ 45 por ação, já que a empresa não concordou em vender sua participação preferencial ao mercado por R$ 42 no início do ano”, destacam os analistas Vicente Falanga e Gustavo Sadka sobre a Braskem.

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Laura Intrieri

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