Itaúsa (ITSA4) é ação (bem) descontada, diz BTG; veja por quê

Em análise sobre novidades recentes que impactam a Itaúsa (ITSA4), especialistas do BTG Pactual destacaram que enxergam a empresa como descontada, dado o patamar de preço dos papéis ante o valuation das empresas sob o guarda-chuva da holding.

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“Pelo último preço de fechamento, a Itaúsa tem valor de mercado de R$ 92 bilhões, enquanto suas participações no Itaú (ITUB4) e na XP (ambos assumindo os últimos preços de fechamento) totalizam R$ 102 bilhões, implicando uma avaliação de R$ 14 bilhões (negativa) para o restante de seu portfólio”, diz a casa.

Como ‘restante do portfólio’, os especialistas se referem a Alpargatas (ALPA4), Dexco (DXCO3), CCR (CCRO3), Aegea, Copa Energia e NTS.

“Isso nos parece injusto dada a sua qualidade e relevância”, discorrem Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Medo – os analistas do BTG que assinam o relatório.

Além disso, atualmente a Copa e a Aegea estão contabilizadas pelo seu valor contábil, ou seja, o desconto seria ainda maior quando considerado o valor justo de ambas as empresas.

Nesta quinta (28) as ações da Itaúsa fecharam o pregão com alta de 1,80%, cotadas a R$ 9,03.

Próximos dividendos da Itaúsa

Conforme previamente anunciado, a Itaúsa pagará proventos aos seus acionistas logo no início de outubro.

Serão distribuídos R$ 0,0494000 por ação ITSA4 ou ITSA3.

A data-base será a posição acionária do fim do pregão do dia 18 de agosto deste ano – ou seja, quem colocou Itaúsa na carteira após esse dia não receberá os dividendos.

Itaúsa irá sofrer com fim do JCP? Analistas respondem

Analistas do BTG Pactual que se reuniram com o CFO da Itaúsa (ITSA4) recentemente destacaram que a empresa não teria grandes impactos com o possível fim dos Juros Sobre Capital Próprio (JCP), em discussão no Congresso.

“Segundo o CFO, o potencial fim do JCP seria positivo para os resultados dos negócios da empresa, eliminando ineficiências fiscais. Recordamos que existe atualmente uma ineficiência fiscal devido a impostos PIS/COFINS sobre JCP recebidos do Itaú (ITUB4)“, diz a casa sobre a Itaúsa.

“No entanto, o CFO sinalizou que o impacto nas demais empresas do portfólio da Itaúsa seria negativo (especialmente para Itaú) se não houver compensação de imposto corporativo. Relativamente ao desconto de detenção (atualmente em cerca de 18%), o CFO reconhece que normalmente há um desconto entre a participação e a principal empresa devido a ineficiências fiscais, mas ela acredita que esse desconto poderia restringir o benefício percebido da reforma tributária“, completa.

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Eduardo Vargas

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