Guerra em Israel: como o conflito pode impactar os mercados?

As incertezas em relação a abrangência e a duração do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas pode ter efeitos de grande magnitude sobre a economia global e, consequentemente, sobre o mercado financeiro, apontou o BB Investimentos ao Broadcast.

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Vale lembrar que a região está próxima a grandes produtores de petróleo, como Arábia Saudita, Emirados Árabes e Catar, o que pode levar os investidores a embutir o risco da guerra nos preços da commodity.

Segundo analistas, um possível movimento de alta da commodity que se estenda por semanas poderia levar ao aumento de preço dos derivados nas refinarias da Petrobras (PETR4), por exemplo.

Desta forma, aconselha a casa, o investidor que possui ações da estatal ou de petroleiras independentes, como PRIO (PRIO3), 3R Petroleum (RRRP3), PetroReconcavo (RECV3) e Enauta (ENAT3) deve ficar atento aos desdobramentos da guerra entre Israel e Hamas.

Há a possibilidade, ainda, de algum impacto em papéis de energia e distribuição de combustíveis, como Vibra (VBBR3), Raízen (RAIZ4), Ultrapar (UGPA3) e Cosan (CSAN3), além das aéreas, como Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4), que possuem grande parte dos seus custos atrelados aos combustíveis.

Ainda de acordo com o BB, a alta do petróleo, caso seja mantida, pode comprometer o esforço do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para controlar a inflação. Além do encarecimento do preço das matérias-primas, há a influência dos treasuries, os títulos do tesouro americano, cujos rendimentos tendem a subir em meio à busca dos investidores por ativos mais seguros.

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Conflito no Oriente Médio: questão fiscal está no radar

Um outro fator apontado pelo BB é de que um provável aumento da dívida pública americana também pode afetar os juros no país.

Neste sentido, o apoio dos Estados Unidos a Israel pode significar a necessidade de ampliar os gastos militares no momento em que o governo americano busca convencer o Congresso a elevar, por mais tempo, o teto da sua dívida pública para garantir o pagamento de gastos.

Entretanto, segundo economistas, a dívida dos Estados Unidos está se tornando insustentável, o que acaba pressionando ainda mais o retorno dos treasuries, já que o investidor cobra mais prêmios quanto maior é o risco de um ativo.

No caso do Brasil, os preços dos combustíveis podem ser reajustados, caso o petróleo suba, o que afeta a inflação corrente e também as expectativas. A busca por segurança em por conta da guerra em Israel pode pressionar o dólar para cima e encarecer as importações, pontua o BB.

Com informações de Estadão Conteúdo

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Giovanni Porfírio Jacomino

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