IRB (IRBR3): Justiça exige R$ 1 bilhão para possíveis prejuízos

A Justiça determinou na última sexta-feira (12) que o IRB Brasil (IRBR3) comprove que possui meios de arcar com R$ 1 bilhão para ressarcir possíveis prejuízos de investidores.

A juíza Renata Mota Maciel, da 2ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) deferiu pedido do Instituto Ibero-Americano da Empresa, que questionava uma possível manipulação do mercado em relação as ações da companhia.

A juíza informou que as perdas estimadas dos acionistas são de cerca de R$ 4 bilhões, quando a ação do IRB Brasil passou de R$ 44,17 para R$ 28.

“Em 09.03.20, após os eventos acima mencionados, a Companhia foi instada a se manifestar por força de ofício da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que indagava sobre a não publicação de fato relevante, relacionada à indicação de novo Presidente do Conselho de Administração”, afirmou a juíza.

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O IRB também vai ter que exibir “documentos e informações sobre o resultado ou andamento da investigação interna realizada pela companhia e noticiada em 05.03.20, em relação aos fatos objeto desta ação”, segundo a decisão.

Em relação ao pedido pelo o imediato afastamento de toda a Diretoria da Companhia, por evidente violação dos deveres de lealdade e de diligência, a juíza reconhece que faz sentido o que a associação autora alegou, mas negou a mudança pois poderá causar mais prejuízo para a companhia, o chamado dano reverso.

IRB (IRBR3): polêmicas, bônus e “short” marcam história recente

O IRB Brasil passa por uma crise sem precedentes, que começou com a gestora Squadra recomendando a venda à descoberto das ações da resseguradora por erros nas práticas contábeis.

A CVM também analisa uma “suposta disseminação seletiva de informações a investidores e à possível propagação de informações inverídicas acerca da composição de seu capital social”.

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Na ação, é citado o episódio acerca do suposto interesse da Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, nas ações da companhia. O episódio foi negado pelo investidor.

“Haveria nítidas evidências de manipulação ou criação de condições artificiais de procura, oferta e preço com relação ao papel IRBR3 por parte da companhia e seus administradores, diante de todo cenário de dúvidas contábeis e, principalmente, da divulgação inverídica a respeito da suposta participação acionária da Berkshire Hathaway.

A história recente do IRB passa por uma turbulência que, após contestações, uma política de bônus arrojada e polêmica, e uma aposta contra as ações, derreteu o valor de mercado da companhia na B3, a bolsa de Valores de São Paulo.

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Vinicius Pereira

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