CEO da Eletrobras (ELET3) e ex-presidente da Caixa são acusados pela CVM por fraude no IRB (IRBR3)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) encerrou o principal processo sobre o caso de fraude contábil no IRB (IRBR3). Com isso, 11 ex-diretores e conselheiros da empresa foram acusados, segundo o jornal O Globo.

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Um dos destaques da lista é Ivan Monteiro, presidente da Eletrobras (ELET3), ex-CEO da Petrobras (PETR4) e ex-presidente do conselho de administração do IRB.

Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa Econômica Federal e ex-conselheiro da companhia também aparece entre os nomes acusados.

Os demais réus no caso, de acordo com o jornal O Globo, são:

  • Fernando Passos, ex-CFO do IRB
  • José Carlos Cardoso, ex-presidente do IRB
  • Lucia Maria da Silva Valle, vice-presidente executiva de riscos
  • Werner Suffert, vice-presidente Executivo Financeiro e de Relações com Investidores
  • Alexsadro Broedel Lopes, ex-conselheiro
  • Marcos Bastos Rocha, ex-conselheiro
  • Maria Elena Bidino, ex-conselheira
  • Roberto Dagnoni, ex-conselheiro
  • Vinicius Albernaz, ex-conselheiro

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No início deste mês, a peça acusatória do caso de fraude contábil no IRB foi enviada pela área técnica da CVM para a Gerência de Controle de Processos Sancionadores (GCP), que iniciou a citação dos acusados.

A fraude no IRB começou a ganhar visibilidade no mercado em fevereiro de 2020, quando a gestora Squadra publicou uma carta aberta questionando a transparência dos resultados financeiros da empresa.

À época, a gestora indicou que o IRB estava inflando os lucros por meio de manobras contábeis, o que resultou em uma alta artificial no preço das ações.

Logo depois, a administração da empresa afirmou que a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, comprou ações da empresa, a fim de passar uma imagem de confiança ao mercado. Posteriormente, contudo, a Berkshire veio à público desmentir a informação.

Com isso, as ações do IRB despencaram, e a crise culminou na renúncia do CCEO e do CFO da empresa, dentre outros membros da alta administração.

Desde então, o caso vem sendo investigado pela CVM e pelo Ministério Público, que buscam apurar responsabilidades sobre a divulgação de informações falsas do IRB ao mercado.

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Guilherme Serrano

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