IRB Brasil RE (IRBR3) demite diretor de controladoria

O IRB Brasil RE (IRBR3) demitiu na última quinta-feira (21) o contador Paulo Daniel Araújo da Rocha, diretor de controladoria da resseguradora. As informações foram publicadas originalmente pelo jornal “Valor Econômico”.

De acordo com o veículo, Rocha foi demitido por justa causa sob alegação de “fraude em contratos”. O IRB confirmou que o contador não integra mais a equipe de funcionários, porém preferiu não comentar sobre as razões da demissão.

A crise no comando da empresa vem logo após a Berkshire Hathaway, holding de investimentos do bilionário americano Warren Buffett, ter desmentido a afirmação de que havia aumentado sua posição na companhia. O megainvestidor salientou que não era e não pretendia ser acionista do IRB. Atualmente, a resseguradora enfrenta, desde o início de março, uma investigação interna conduzida pelos escritórios de advocacia Felsberg e pela KPMG.

Veja também: Garanta acesso ao Suno One, a central de informações para quem quer aprender a investir. Acesse gratuitamente clicando aqui.

Nesse sentido, a empresa observou uma forte crise de credibilidade, o que, além da crise causada pelo novo coronavírus (covid-19), levou suas ações a despencarem na bolsa de valores de São Paulo (B3). Os papéis acumulam uma desvalorização de 81,5% até o momento.

IRB sob forte pressão

A gestora de recursos havia questionado, um mês antes do episódio, a recorrência dos resultados do IRB. Para a Squadra, o retorno da resseguradora vinha sendo explicado somente por itens não recorrentes, visto que apresentava provisões em baixa, enquanto mostrava recebíveis em alta e estava consumindo caixa.

A crise da empresa também levou a um dissolução do conselho de administração do IRB. O Itaú (ITUB4) e o Bradesco (BBDC4) retiraram conselheiros da companhia, por exemplo.

O IRB também informou, na última quarta-feira (20), que recebeu um comunicado da Lazard Asset Management em que dizia que a empresa havia reduzido sua posição acionária de 3,78% no IRB, no dia 14 de maio. No dia 29 de abril, a Lazard possuía 5,28% de participação.

Saiba mais: IRB Brasil (IRBR3): Posição acionária da Lazard diminui para 3,78%

A resseguradora ainda, nas últimas semanas, retirou o guidance, bem como suspendeu dividendos e comunicou uma fiscalização especial da Susep, em razão da insuficiência de provisões técnicas.

Os últimos eventos da empresa tem abordado os impactos da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. O IRB vem ressaltando que não há problemas em seu balanço. O último resultado divulgado pela resseguradora, referentes ao período de 2019, passou por duas auditorias.

Arthur Guimarães

Compartilhe sua opinião