2021 foi o segundo maior ano para IPOs no Brasil, mostra relatório da XP

O avanço da vacinação contra a Covid-19, a retomada da economia e a melhora do cenário global ajudaram o ano de 2021 a alcançar um recorde para ofertas iniciais de ações (IPOs) no Brasil em valor, superando o ano de 2007, que continua detendo o recorde para número de transações, segundo um relatório da XP.

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Em relatório assinado por Fernando Ferreira, Jennie Li e Rebecca Nossig, a XP aponta que esses fatores atraíram investidores nacionais e estrangeiros para a Bolsa de Valores brasileira e para IPOs. No ano passado, 46 companhias tiveram suas ações listadas na B3 e, juntas, movimentaram mais de R$ 65,6 bilhões.

Além disso, em 2021 o número de investidores pessoas físicas na Bolsa cresceu 26% na comparação ano a ano, para mais de 4 milhões.

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Tudo isso tornou o mercado acionário mais atraente para empresários, fazendo com que 2021 se consolidasse como o segundo ano com maior número de IPOs no país”, enfatiza o relatório.

Maioria dos IPOs aconteceu na primeira metade de 2021

Entretanto, a maioria dos IPOs aconteceu na primeira metade do ano: o segundo semestre deixou os investidores mais preocupados com questões fiscais. Assim como o número de ofertas realizadas foi grande, o número de desistências também, e passou de 60.

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A XP também mostra que as empresas que chegaram à Bolsa no ano passado tiveram um desempenho médio negativo em 26,1% em 2021.

Embora o desempenho médio das ações tenha sido negativo, as ofertas de ações do ano passado levaram novos setores à Bolsa. “Vemos esse fator como bastante positivo por aumentar o leque de opções de investimento para os investidores”, destaca o relatório.

A corretora lembra que a onda de IPOs no ano passado foi positiva, citando que o Brasil possui poucas empresas listadas, com aumento da liquidez no mercado e o maior fluxo de capital estrangeiro na Bolsa.

Em relação aos IPOs em 2022, a XP acredita que o ano será mais fraco, porque “temos um cenário desfavorável com crescimento menor, inflação em alta, taxa de juros subindo e maior volatilidade nos mercados.”

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Laura Moutinho

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