Inter & Co (INBR32): XP mantém visão neutra após lucro recorde no 1T25
O Inter & Co (INBR32) divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2025, com lucro líquido de R$ 307 milhões, alta de 4% em relação ao 4T24 e de 57,1% frente ao mesmo período do ano anterior.

O desempenho veio em linha com as expectativas do mercado e da XP Investimentos, que, mesmo com os números positivos, manteve sua recomendação neutra para o papel. O banco alcançou um ROE de 13,6%, receita bruta de R$ 3,2 bilhões e uma carteira de crédito que cresceu 32,5% ano a ano, atingindo R$ 42,6 bilhões, mesmo em um trimestre marcado por sazonalidade negativa.
Com 38 milhões de clientes no ecossistema e 21,6 milhões de usuários ativos (+23,9% A/A), o Inter segue ampliando sua presença digital. Entre os destaques, estão o crescimento da carteira de produtos como Home Equity (+44,6%) e FGTS (+42,6%), além da expansão das margens financeiras — o NIM 2.0 subiu para 8,8% e o NIM ajustado ao risco para 5,5%.
“Tivemos um forte começo do ano, com números recordes que demonstram nossa capacidade de continuar crescendo com rentabilidade […] e melhora nos indicadores de crédito, com o NPL reduzindo para 4,1%, frente a 4,8% no 1T24”, avaliou o CEO global, João Vitor Menin,
Apesar da evolução dos indicadores operacionais e de rentabilidade, analistas da XP — Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre — destacam que o ARPAC líquido recuou 6,5% T/T, afetado pela sazonalidade e pela Resolução 4.966, e alertam que o atual ritmo de crescimento ainda está aquém do necessário para atingir as metas estratégicas projetadas para 2027. A empresa também reportou leve retração no índice de Basileia, que fechou em 14,7%, pressionado pelo avanço do crédito.
O desempenho sólido no 1T25 confirma a capacidade do Inter & Co (INBR32) de escalar com eficiência seu modelo digital, mantendo margens em alta, inadimplência sob controle e uma base crescente de clientes. Contudo, segundo análise da XP, uma visão mais construtiva sobre a ação dependerá da aceleração no ritmo de monetização da base ativa e da entrega mais clara dos marcos financeiros projetados para os próximos anos.