Inflação mais alta: Itaú (ITUB4) e ASA revisam projeções após aumento de preços da Aneel e ANS

A ASA Investments, do grupo Alberto Joseph Safra, e o Itaú Unibanco (ITUB4) revisaram suas previsões para a inflação em 2020 para mais de 4% depois de duas agências reguladoras, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), definiram novos aumentos de preços.

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A Aneel informou na última segunda-feira (30) que optou, em decisão emergencial, pela volta do regime de bandeiras tarifárias em dezembro deste ano, que havia sido suspenso no auge da pandemia e estava programado para retornar apenas em 2021. A decisão acontece após um deterioração do quadro hídrico e causa “impacto relevante nas projeções de inflação à frente”, de acordo com relatório da ASA.

Soma-se a isso o que o Itaú classificou de “revisões altistas recentes na expectativa de outros preços administrados, principalmente o reajuste de plano de saúde anunciado há algumas semanas pela ANS“. A agência decidiu, há menos de duas semanas, pela suspensão do reajuste dos planos de saúde em 2020 e pela recomposição desse ajuste ao longo do próximo ano.

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ASA e Itaú projetam inflação em 2020 acima de 4%

Com os aumentos de preços por parte das duas agências reguladoras, a ASA revisou sua projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano de +3,9% para +4,4%, acima do centro da banda (4,0%).

Para 2021, a gestora espera agora um IPCA em 3,2%, depois de previsão anterior de 3,3%. A revisão é amparada pelo fato de que o teto do regime de bandeiras da Aneel será atualizado neste ano, o que diminui os riscos para o ano que vem. Além disso, o cenário médio desde 2015 indica bandeira vermelha 1 como o cenário mais provável ao final de 2021.

Já o Itaú revisou sua previsão para a inflação de 3,75% para 4,3%, também tomando como base o ajuste anunciado pela Aneel.

Enquanto isso, a projeção do banco para a inflação no ano que vem continuou a mesma, de 3,1%, visto que a expectativa de um impacto deflacionário, devido à previsão de bandeira amarela em dezembro de 2021, é compensada principalmente pelo reajuste anunciado pela ANS.

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Arthur Guimarães

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