Ibovespa: Vale (VALE3) e CSN (CSNA3) desabam e ficam entre maiores quedas

As maiores desvalorizações do Ibovespa na semana concentraram-se em companhias com exposição ao minério de ferro — as siderúrgicas CSN (CSNA3), Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) e a mineradora Vale (VALE3).

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As derrocadas em bloco têm origem no outro lado do mundo: na China, onde o governo exerceu pressão sobre a produção de aço para a inflação e emissão de poluentes. A economia chinesa, que sinais de desaceleração, também pesou sobre a ação da Suzano (SUZB3), a maior queda do Ibovespa na semana. O índice acionário sofreu uma perda de 2,49% no período.

Veja o tamanho dos tombos dos ativos que lideraram as maiores quedas do Ibovespa entre segunda-feira (10) e sexta (10):

  • Suzano (SUZB3): -13,27%;
  • CSN (CSNA3): -11,70%;
  • Gerdau (GGB4): -9,89%
  • Vale (VALE3): -9,13%
  • Usiminas (USIM5): -9,08%

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1. Suzano (SUZB3) tem maior queda do Ibovespa na semana

Embora a taxa de câmbio tenha registrado valorização de 0,28% na semana, a ação da Suzano atravessou um período conturbado. Isso pois a China, destino de parcela significativa de seus produtos, tem mostrado sinais de desaceleração econômica.

A companhia exportadora de papel e celulose ainda foi impactada pelas incertezas acerca do caso Evergrande, incorporadora chinesa com débitos de US$ 300 bilhões e que ameaça um calote.

A ação da Suzano registrou baixa de 13,27% na semana, chegando a R$ 52,61.

2. CSN (CSNA3)

Os papéis da CSN reagiu ao tombo do preço do minério de ferro na semana, o qual chega perto de encostar em US$ 100 a tonelada, depois de atingir US$ 220 em maio.

A volatilidade de 30 dias da commodity atingiu o nível mais alto desde 2016 neste mês. Dados industriais da China, divulgados nesta semana, mostram uma produção de aço em menor escala no país.

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Diante disso, a ação da CSN recuou 11,70%, a segunda maior baixa do Ibovespa, para R$ 29,80.

3. Gerdau (GGBR4)

A Gerdau sofreu o mesmo mal de sua antecessora, mas registrou uma queda pouco menor, de 9,89%, fechando o pregão de sexta-feira cotada a R$ 24,60.

Nem mesmo o ganho de R$ 1,5 bilhão a ser apurado terceiro trimestre referente a uma ação de ressarcimento incorrida contra a Eletrobras (ELET3) segurou a ação.

No final da semana, a siderúrgica anunciou o pagamento de  R$ 0,3230 por ação em juros sobre o capital próprio, já descontada a retenção de imposto de renda na fonte a alíquota de 15%.

4. Vale (VALE3)

Além de amargar a desvalorização internacional da cotação do minério de ferro, a ação da Vale refletiu uma recomendação de venda do UBS.

A visão pessimista do banco está atrelada principalmente ao desempenho da commodity no exterior, a ainda está sujeito à pressão regulatória da China e ao aumento de oferta global.

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A mineradora aprovou na quinta-feira (16) a distribuição de dividendos de 40,2 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 8,10 por ação. Mas não foi o bastante. A cotação da Vale caiu 9,13%, a R$ 86,15.

5. Usiminas (USIM5) fecha maiores quedas do Ibovespa

O papel da Usiminas acompanhou a performance negativa de ativos ligados aos setores de siderurgia e de mineração.

A ação apresentou queda de 9,08%, a quinta maior do Ibovespa na semana, e fechou cotada a R$ 13,92.

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Arthur Guimarães

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