Ibovespa a 165 mil pontos? Safra diz que sim

Com o fim de 2024 já se aproximando, algumas casas de análise começam a projetar o desempenho do Ibovespa no ano que vem. É o caso do Safra, que vê o índice em 165 mil pontos em 2025.

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A casa destaca que, embora o cenário internacional tenha melhorado e a atividade doméstica mostre bons resultados, as preocupações com a situação fiscal brasileira e possíveis impactos das eleições nos EUA sobre emergentes dominam a agenda, gerando cautela entre investidores.

Mesmo com essa visão negativa do mercado, os analistas afirmam que o bom desempenho da atividade econômica interna continua favorecendo os resultados das empresas.

“Desde o início de 2024, o consenso de mercado da Bloomberg para o lucro por ação (EPS) do Ibov em 2025 e 2026 foi revisado para cima em 5,3% e 4,9%, respectivamente. Contudo, os preços dos ativos ainda não refletem esse cenário — o Ibovespa negocia com um múltiplo P/L projetado para 2026 de 6,8x, abaixo dos níveis históricos”, diz o relatório.

Apesar das preocupações com pressões inflacionárias, a equipe do Safra projeta que a taxa Selic fechará o ano em 11,50%. Isso, combinado com um menor estímulo fiscal, deve desacelerar a atividade nos próximos meses, diz a casa.

As pressões inflacionárias, projeta o Safra, devem amenizar no ano que vem, abrindo espaço para quedas na taxa de juros a partir de meados de 2025, o que deve aliviar o mercado de ações. Considerando esse cenário, os analistas estipulam uma meta de 165 mil pontos para o índice Bovespa em 2025.

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Entre os principais catalisadores do Ibovespa, o Safra cita:

  • Cortes de juros nos EUA, que favorecem a liquidez nos emergentes;
  • Novos estímulos econômicos na China, sustentando os preços das commodities;
  • Tendência positiva com os resultados corporativos do 3T24 e 4T24;
  • Maior controle de gastos pelo governo brasileiro após as eleições municipais;
  • Posicionamento leve de investidores no mercado de ações.

Já entre os principais riscos para o Ibovespa, a casa destaca:

  • Desaceleração econômica global maior que o esperado;
  • Deterioração fiscal adicional no Brasil;
  • Crescimento econômico abaixo do esperado no Brasil;
  • Deterioração do ambiente político;
  • Política monetária mais rígida nos EUA, influenciando o diferencial de juros;
  • Mudanças tributárias com impacto negativo para as empresas;
  • Intensificação de conflitos geopolíticos.

Por volta das 16h desta quinta-feira (07), o Ibovespa operava em queda de 0,47%, cotado a 129.734 pontos.

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Guilherme Serrano

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