Saiba quanto você terá em 30 anos ao investir R$ 1.000 por mês no Ibovespa
Uma das principais dicas de grandes investidores para se obter sucesso na Bolsa de valores é ter uma visão de longo prazo e manter aportes constantes. Pensando nisso, você já se perguntou quanto dinheiro poderia ter em 30 anos investindo R$ 1.000 por mês no Ibovespa?
Para chegar a essa resposta, vamos considerar a média da rentabilidade do Ibovespa ao longo das últimas três décadas: entre 1995 e 2024, o índice teve um retorno nominal médio de aproximadamente 13% ao ano, ou cerca de 1,02% ao mês.
Tendo esses percentuais como base, ao aportar mensalmente R$ 1.000 no Ibovespa durante 360 meses (30 anos), você teria R$ 3.442.060,00 ao final do período.
É importante ressaltar que o número é apenas uma estimativa, uma vez que rentabilidade passada nunca é sinônimo de resultado futuro. Além disso, os valores considerados para a conta foram brutos, sem desconto de inflação, taxas ou impostos. Isso sem contar o fato de que, ao longo desses 30 anos, o reinvestimento dos proventos obtidos poderia elevar o valor final.
Desempenho do Ibovespa em 2025
No primeiro semestre de 2025, por exemplo, o Ibov acumulou um avanço de 15%, rendimento superior à média dos últimos 30 anos. Essa alta foi favorecida por um cenário global conturbado, com guerras comerciais e alta volatilidade nos Estados Unidos, o que fez com que os investidores internacionais voltassem a aportar seus recursos em países emergentes como o Brasil.
“Além disso, empresas brasileiras começaram o ano com múltiplos atrativos, e alguns resultados do 1T25 surpreenderam positivamente, sobretudo em setores como petróleo (Petrobras, PETR4), mineração (Vale, VALE3), bancos e varejo”, destaca o planejador financeiro CFP Jeff Patzlaff.
A entrada de capital estrangeiro no índice Bovespa, diz o analista, deve seguir sendo monitorada pelos investidores, uma vez que tende a ser um gatilho positivo nos próximos meses. Além disso, Patzlaff cita outros pontos que podem fazer preço no índice daqui para frente, tais como:
- A política monetária brasileira, com cortes previstos apenas para 2026;
- O ambiente político e fiscal;
- Decretos tributários como o que envolve o IOF;
- Mudanças de política monetária internacional;
- Câmbio;
- Preço das commodities;
- Retomada de estímulos na China.
O Ibovespa vai continuar subindo?
O balanço desses pontos, diz o analista, aponta para um cenário modestamente positivo para o Ibovespa em 2025, uma vez que, segundo ele, o mercado se encontra em uma fase avançada de bull market, com forte apetite pelo risco mesmo com a taxa Selic alta.
Patzlaff projeta uma manutenção da tração positiva das commodities, especialmente se a China mantiver estímulos, favorecendo assim as ações da Vale e os papéis da Petrobras.
Por outro lado, o analista entende que a incorporação do ciclo eleitoral de 2026 deve ganhar intensidade no segundo semestre de 2025, trazendo maior volatilidade. Além disso, riscos de deterioração fiscal e potenciais tensões internacionais são outros pontos de atenção em relação ao Ibovespa daqui até o final do ano.
