Ibovespa: Locaweb (LWSA3) e Magazine Luiza (MGLU3) têm maiores quedas da semana

O Ibovespa teve mais uma rodada de turbulências nesta semana do dia 15 a 19 de novembro, fechando quase todos os pregões do período acentuando queda. Na quinta (18), o índice atingiu seu pior patamar em 2021, chegando aos 102.426,00 pontos, ante os 106.334,54 pontos que tinha no início da semana. O deslize foi de 3,10%.

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Após muita relutância, o Ibovespa decidiu andar para frente no último dia da semana, mas não foi o suficiente para se recuperar dos resultados amargos obtidos anteriormente. O mercado enfim reagiu bem à proposta da PEC dos Precatórios, após a sugestão de fatiar a mesma como mecanismo de diminuir resistência no Senado.

Confira o tamanho do tombo dos ativos que lideraram as maiores quedas do Ibovespa no período:

Locaweb lidera baixas do Ibovespa

A Locaweb continua marcando presença na lista de maiores tombos da Bolsa de valores brasileira, tendo aparecido em terceiro lugar na semana passada. A ação em queda livre ainda reflete a reação do mercado ao desempenho da companhia no terceiro trimestre de 2021.

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O balanço da Locaweb não agradou aos investidores, apresentando margens preocupantes – apesar do avanço na receita. A empresa registrou prejuízo líquido atribuído aos controladores de R$ 3,7 milhões no 3T21, revertendo o lucro líquido de R$ 7,8 milhões visto um ano antes.

Além da ressaca deixada pelo acumulado de resultados negativos nos últimos dias, não houve notícias específicas que afetaram o desempenho desta companhia. A ação caiu de R$ 19,10 para R$ 15,05.

Pessimismo com a Stone dá rasteira na Getnet

Novata na Bolsa brasileira, a Getnet realizou seu IPO (oferta pública de ações) em outubro. Desde sua estreia, a experiência da empresa da maquininhas tem sido um tanto quanto traumática: desde seu lançamento, as ações caem 51,17%. Só em novembro, já foram 13,53%. A ação caiu de R$ 4,55 para R$ 3,77 nesta semana.

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O desempenho da Getnet nesta semana foi influenciado pelo resultado trimestral da Stone, empresa brasileira listada na Nasdaq que atua no mesmo setor e também teve semana conturbada. A conterrânea em território estrangeiro teve lucro líquido ajustado de R$ 132,7 milhões neste terceiro trimestre, o que equivale a uma queda de 54% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado.

Com o pessimismo gerado pela Stone, a Getnet e outras do setor de adquirência tiveram quedas generalizadas. Mas mesmo com a queda de 30%, o BTG Pactual (BPAC11) publicou um relatório recomendando a compra de ações da Stone, prevendo upside de 100%.

Ações do Magazine Luiza derretem com resultados do 3T21

O resultado trimestral da varejista queridinha dos investidores brasileiros foi uma grande surpresa negativa para o mercado, que rapidamente reagiu aos números. O Magalu reduziu seu lucro líquido no 3T21 em quase 90%.

Com isso, as ações do Magazine Luiza despencaram 16,89% no Ibovespa, cotadas a R$ 9,27 (antes R$ 11,15). O cenário projetado para empresas do setor de varejo não mostra muitos sinais de otimismo, uma vez que deve ficar vulnerável ao aumento da inflação e crescimento da taxa de juros, que derrubam o consumo.

Mas os ativos do Magalu estão em queda desde o ano passado. Na última semana, a varejista reportou seus dados trimestrais e amargou ainda mais a queda das ações. Segundo a empresa, houve desaceleração nas vendas devido à redução do poder de consumo dos brasileiros.

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O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$351 milhões, uma queda de 37,4%. O aumento das despesas em relação à receita líquida pressionou a margem Ebitda ajustada, que passou de 6,8% para 4,1% no terceiro trimestre de 2021.

O Magazine Luiza apurou lucro líquido ajustado de R$ 22,6 milhões, um recuo de 89,53% em relação ao mesmo período de 2020. O balanço lembra que, levando-se em conta efeitos contábeis, não recorrentes, o lucro líquido teve baixa de 30%, para R$ 143,5 milhões, comparado ao terceiro trimestre de 2020, quando anotou resultado positivo de R$ 206 milhões.

Ainda não é hora de voltar para o IRB, diz BTG

Também vindo de um saldo não muito animador no balanço trimestral, as ações do IRB foram de R$ 4,72 para R$ 4,12 nesta semana. O ressegurador está com dificuldade de desvincular da precificação de suas ações o prejuízo que carrega já há alguns trimestres.

Mesmo conseguindo diminuir o prejuízo em 27,8% no terceiro trimestre de 2021, em comparação com 2020, de R$ 155,7 milhões, isso não foi o suficiente para levantar suas ações.

O BTG Pactual reforçou que o processo de re-underwriting pelo qual a empresa passa não é uma via expressa, tampouco reta. As perdas líquidas ficaram acima das projeções do banco e os índices de solvência pioraram na comparação trimestral.

“Entendemos que gestão ainda está avaliando a possibilidade de fornecer um guidance. Acreditamos que seria de grande ajuda. A história da marca e do patrimônio líquido do IRB está em reconstrução, mas ainda não acreditamos que é hora de entrar,” escreveu o BTG Pactual em relatório desta sexta-feira (12).

Até as perspectivas melhorarem, o banco manteve o preço-alvo para IRB em 2022 no patamar de R$ 5,30, um upside de 12%.

Petrorio fecha as maiores quedas do Ibovespa

Outro que apareceu na semana passada, com suas ações caindo após realização de lucros e forte subida com anúncio de aquisição da Albacora, o Petrorio viu seus papéis descendo de R$ 24,46 para R$ 21,46.

As ações de petróleo encararam certa volatilidade recentemente, em meio à possibilidade de um arrefecimento da demanda.

Última cotação do Ibovespa

Ibovespa registrou alta de 0,6% na sexta-feira (19) e fechou aos 103.035,02 pontos.

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Bruno Galvão

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