Ibovespa sobe 1,96%, puxado por commodities; CSN (CSNA3) dispara 8,5%
O Ibovespa hoje encerrou o pregão de terça-feira (29) em alta de 1,96%, aos 110.909,61 pontos. A máxima do dia foram 112.187,11 pontos, enquanto a mínima foi de 108.783,98 pontos. O volume financeiro chegou a R$ 27,9 bilhões.
O Ibovespa hoje se descolou de Nova York em dia volátil, puxado por commodities. O índice sobe sob suporte de Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e empresas de siderurgia, com destaque para CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3), destaques com altas acima de 8%.
“Os rumores de que a política de Covid zero na China pode chegar ao fim impulsionaram o minério e o setor de siderurgia. Vale puxa a movimentação do Ibovespa para cima e é um dos ativos com mais peso no índice, o que contribui para a alta na cotação do Ibovespa”, explicou Marcus Labarthe, sócio-fundador da GT CAPITAL.
Na sessão de hoje, o especialista também destacou que os investidores estão com a expectativa de que a PEC de Transição seja desidratada e que o prazo proposto de 4 anos seja calibrado no Congresso.
“Isso fez a curva de juros ajustar para baixo após fortes altas recentes. Lula está em Brasília à frente das negociações e deve anunciar o ministério em breve. Rumores de que Geraldo Alckmin pode ser o ministro da Fazenda animam os investidores, que preferem o nome dele ao de Fernando Haddad”, completa.
Nos EUA, investidores aguardam novas declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), sobre os próximos rumos do ciclo de alta de juros. Essa semana ainda terá a divulgação de dados importantes como o payroll, que podem revelar o ritmo dos juros americanos.
Bolsas de Nova York
Os mercados acionários de Nova York fecharam nesta terça, 29, sem direção única, em sessão marcada pela publicação do índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos e com o mercado na expectativa de comentários do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, amanhã.
- Dow Jones: +0,01%, aos 33.852,53 pontos
- S&P 500: -0,16%, aos 3.957,63 pontos
- Nasdaq: -0,59%, aos 10.983,78 pontos
O dólar à vista fechou em queda de 1,46%, a R$ 5,2876, depois de oscilar entre R$ 5,2801 e R$ 5,3355.
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta hoje, em uma sessão na qual a commodity foi impulsionada pelas perspectivas para a China. Os protestos contra a política de covid-zero no país e alguns possíveis relaxamentos nas restrições levaram à expectativa de que a demanda possa se recuperar na segunda maior economia do mundo.
Enquanto isso, eventuais cortes na Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e os efeitos de um teto para os preços dos hidrocarbonetos russos seguiram acompanhados de perto.
O barril do petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 1,24% (US$ 0,96), a US$ 78,20 na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o do Brent para fevereiro avançou 0,43% (US$ 0,36), a US$ 84,25 na Intercontinental Exchange (ICE).
O contrato mais líquido do ouro nesta terça-feira, 29, fechou em alta, em sessão marcada pela queda momentânea nos juros dos Treasuries e com rumores sobre um arrefecimento na política anticovid-19 na China.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,47%, a US$ 1748,40 por onça-troy.
No Ibovespa hoje, o principal positivo foi a CSN (CSNA3), com uma valorização de 8,47%, seguida pelas ações do Banco Pan (BPAN4), que subiram 8,21%. Já a CSN Mineração (CMIN3) teve alta de 7,61%, enquanto os papéis do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) avançaram 7,33%. Por fim, outro destaque de alta foi a Qualicorp (QUAL3), com ganho de 6,14%.
Na ponta negativa do Ibovespa hoje, o principal destaque foi a Embraer (EMBR3), que despencou 3,64%. Já a Azul (AZUL4) teve uma queda de 3,20%, enquanto a Klabin (KLBN11) recuou 3,10%. Suzano (SUZB3) registrou uma desvalorização de 2,97%, e as ações da Copel (CPLE6) tiveram baixa de 1,60%.
Maiores altas do Ibovespa:
- CSN (CSNA3): +8,47%
- Banco Pan (BPAN4): +8,21%
- CSN Mineração (CMIN3): +7,61%
- Grupo Pão de Açúcar (PCAR3): +7,33%
- Qualicorp (QUAL3): +6,14%
Maiores baixas do Ibovespa:
- Embraer (EMBR3): -3,64%
- Azul (AZUL4): -3,20%
- Klabin (KLBN11): -3,10%
- Suzano (SUZB3): -2,97%
- Copel (CPLE6): -1,60%
Outras notícias que movimentaram o Ibovespa
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Azul (AZUL4) dobrará operação em Congonhas em 2023; confira novos destinos
A Azul divulgou nesta segunda (28) que vai dobrar a sua operação no aeroporto de Congonhas (SP) no ano de 2023. A partir de 26 de março, a empresa vai passar de 41 slots (permissão de pouso e decolagem) para 84.
Com o movimento, a empresa vai ampliar sua oferta de conexões da cidade de São Paulo para seis cidades brasileiras: Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF). Em nota divulgada ao mercado, a Azul destacou que as vendas para esses locais começam amanhã (30).
“Ampliar a presença da Azul em Congonhas era um desejo antigo da companhia. Nós já operamos um terço dos voos no País e temos mais de 300 rotas servindo todo o Brasil. O aumento da nossa malha aérea em Congonhas vai, também, ampliar a presença da Azul no país inteiro e conectar cada canto do Brasil com CGH”, diz John Rodgerson, CEO da Azul.
Banco aumenta preço-alvo da B3 (B3SA3), com expectativa de alta no volume de negócios da Bolsa em 2023
O JPMorgan aumentou sua recomendação de compra de ações da B3 (B3SA3). Em relatório anunciado ao mercado, a empresa subiu o preço-alvo de R$ 15 para R$ 16, e alterou a classificação de neutro para compra.
Essa alteração aconteceu conforme as expectativas do mercado em relação à Selic. Muitos investidores pensam que a taxa continuará alta por mais tempo do que era esperado — ou, mesmo, que aumenta ainda mais nos próximos meses
Cotação do Ibovespa nesta segunda (28)
O Ibovespa encerrou a sessão da última sexta-feira (28) em baixa de 0,18%, aos 108.782,15 pontos.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
