Ibovespa sobe 1,46% e tem 7ª alta seguida, aos 110,2 mil pontos; Copel (CPLE6) lidera quedas

Ibovespa hoje fechou a quarta-feira (10) em alta de 1,46% aos 110.235,76 pontos, após oscilar entre 108.657,37 e 110.362,14 pontos. O giro foi de R$ 28,7 bilhões na sessão. Na semana, avança 3,54%, 6,85% no mês e, no ano, 5,16%.

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O Ibovespa retomou nesta quarta-feira a linha dos 110 mil pontos em fechamento pela primeira vez desde 7 de junho, apesar de ter chegado a perder parte do fôlego no meio da tarde, conseguiu também emendar o sétimo ganho diário. Desta vez, sem precisar colidir com o sinal do exterior.

Desde a manhã, o apetite por risco se mostrou sólido lá fora, após dias de expectativa para a leitura de julho sobre a inflação ao consumidor nos Estados Unidos, que mostrou acomodação – tanto o núcleo como o CPI ‘cheio’ ficaram ligeiramente abaixo do consenso para o mês.

Após uma abertura de mês negativa, desde o revés de 1º de agosto o Ibovespa acumulou apenas ganhos, saindo de 102.225,08 pontos naquele fechamento e recuperando 8 mil pontos desde então. A sequência de sete ganhos diários é a mais longa desde março de 2022, quando o índice emendou oito altas entre os dias 16 e 25, com variação de 10,1 mil pontos em relação ao encerramento de 15 daquele mês. Sem quebras, o Ibovespa tem se mantido acima dos 101 mil pontos em fechamento desde 27 de julho. E desde 28 do mesmo mês não perde a linha de seis dígitos no intradia.

A referência da B3 tem mostrado recuperação consistente em relação aos solavancos que prevaleceram a partir de meados de junho, quando perdeu no dia 17 daquele mês a linha de seis dígitos, que só viria a ser recuperada de forma sustentada no fim do mês seguinte. Das últimas 11 sessões, desde que retomou em fechamento o nível de 101 mil pontos em 27 de julho, o Ibovespa recuou apenas na de 1º de agosto – portanto, apenas uma perda em 11 sessões.

Nesta quarta-feira, o desempenho foi favorecido pelo alívio proporcionado pela leitura sobre a inflação americana.

“O índice de preços ao consumidor (CPI) ficou estável nos Estados Unidos em julho na comparação com o mês anterior, abaixo da expectativa do mercado. Na base anual, a inflação está em 8,5%, ante 9,1% em junho. Em relação ao núcleo, houve leve alta de 0,3% em julho e de 5,9% na base anual”, observa Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research. “Apesar da desaceleração neste mês, que dá um respiro ao Banco Central americano, a inflação ainda em patamares elevados e o mercado de trabalho bastante aquecido reforçam que o Fed deve manter o ritmo de aperto monetário para as próximas reuniões”, acrescenta.

“Um dos indicadores mais esperados da semana, o CPI veio mais fraco do que o esperado. O mercado entende que isso pode tirar fichas das apostas de aumento de 75 pontos-base nos Fed Funds a taxa de juros de referência dos EUA em setembro”, contrapõe Fernanda Consorte, economista-chefe do Banco Ourinvest. “Localmente, houve queda maior das vendas no varejo brasileiro em junho, o que ajuda a corroborar o cenário de fim de ciclo de aperto monetário no Brasil. A combinação gera um movimento de apetite a risco, trazendo o câmbio para baixo nesta quarta-feira”, acrescenta a economista.

Bolsas de Nova York

A bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira. Wall Street se apoiou no resultado do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de julho, que mostrou desaceleração nos preços nos Estados Unidos e veio abaixo da previsão de analistas. Casas de projeções se dividiram quanto às expectativas para a política do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), cujas falas de dirigentes estiveram no radar.

  • Dow Jones: +1,63%, aos 33.309,51 pontos;
  • S&P 500: +2,13%, aos 4.210,24 pontos;
  • Nasdaq: +2,89%, aos 12.854,80pontos.

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dólar à vista fechou em baixa de 0,87%, a R$ 5,0850, depois de oscilar entre R$ 5,0359 e R$ 5,1429.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em território positivo nesta quarta. Houve volatilidade nesse mercado, mas a commodity foi apoiada pelo recuo do dólar, após a publicação de números abaixo do esperado do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de julho dos Estados Unidos.

O petróleo WTI para setembro fechou com ganho de 1,58% (US$ 1,43), em US$ 91,93 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para outubro avançou 1,13% (US$ 1,09), a US$ 97,40 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O contrato futuro do ouro fechou com a quarta-feira com ganhos, sem muito impulso. O metal foi beneficiado pelo recuo do dólar, após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos trazer números abaixo do previsto mais cedo.

O ouro para dezembro fechou em alta de 0,08%, em US$ 1.813,70 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

No Ibovespa hoje, os resultados de prejuízo no 2T22 da Copel (CPLE6) fizeram a ação cair para 1,92% e puxaram os papéis do setor. Energisa (ENGI11) baixou 1,85%, Eletrobras (ELET3, ELET6) perdeu 0,72% e 1,46%, respectivamente.

Sobre as blue chips, Petrobras (PETR3, PETR4) desvalorizou 0,35% e 0,32%, nesta ordem, após ganhos recentes. Vale (VALE3) teve leve alta de 0,07%, mesmo com a queda do minério de ferro.

O setor bancário do índice fechou no azul: Santander (SANB11), +1,93%, Itaú (ITUB4) subiu 1,85%, Bradesco (BBDC3, BBDC4) ganhou 1,60% e 1,59%, respectivamente, e Banco do Brasil (BBAS3) teve elevação de 0,86%.

IRB Brasil (IRBR3) se beneficiou pelo maior apetite ao risco e registrou a maior alta da sessão, subindo 8,93%. Ainda refletindo a expectativa do fim do ciclo da alta de juros, Banco Pan (BPAN4) ganhou 8,15%, Eztec (EZTC3) subiu 8,09% e JHSF (JHSF3), +7,97%.

Maiores altas do Ibovespa:

Maiores baixas do Ibovespa:

Outras notícias que movimentaram o Ibovespa

  • Pão de Açúcar (PCAR3) estuda vender Grupo Éxito em até dois anos; ações sobem
  • Copel (CPLE6) pode pagar dividendos extraordinários no 3T22

Pão de Açúcar (PCAR3) estuda vender Grupo Éxito em até dois anos; ações sobem

O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) avalia vender a rede de supermercados Grupo Éxito até 2024. Um plano está sendo traçado para que a venda da rede de supermercados ocorra em até dois anos, quando termina o prazo para que a Rallye, holding do Casino, dona das duas marcas, pague credores com garantia, conforme plano de salvaguarda (espécie de recuperação judicial na França). As informações são da coluna Broadcast, do jornal Estadão.

Diante do cenário de baixa liquidez e visibilidade na bolsa de valores colombiana, a rede de supermercados do Pão de Açúcar deve passar por uma separação dos negócios e, em seguida, uma relistagem. Na estratégia desenhada pelo GPA, a saída total ou parcial do Éxito viria após a empresa ganhar “novo fôlego e peso” em sua bolsa local.

O desenho da operação pelo Pão de Açúcar seria a solução para melhorar os ganhos com o Grupo Éxito, além de buscar uma saída ‘fora da caixa’, informou o Broadcast. No início de 2021, o GPA anunciou a cisão da rede de atacarejo Assaí (ASAI3) e, mais tarde, a venda das lojas de hipermercados entre as duas empresas, em esforços para extrair o maior valor possível dos negócios do grupo.

A volatilidade dos mercados acionários teria prejudicado os planos do Pão de Açúcar. Diante disso, a operação de venda do Grupo Éxito pode levar até dois anos para ser colocada em prática.

Em junho, o GPA já se desfez da participação de 3,4% de suas ações no grupo por R$ 398 milhões, em um programa de recompra de papéis da Éxito. Após o negócio, o GPA passou a deter 96,52% do capital social da rede de supermercados colombiana.

Um relatório recente da XP Investimentos (XPBR31) aponta que pode haver apetite por um ativo “resiliente e mais maduro”, com a possibilidade de uma nova oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do Éxito. No entanto, a separação do GPA tem desafios operacionais, uma vez que alguns acionistas têm limitações para deter ações listadas no exterior.

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Copel (CPLE6) pode pagar dividendos extraordinários no 3T22

Após divulgar seu balanço do segundo trimestre de 2022, a Copel (CPLE6) afirmou em teleconferência nesta quarta-feira (10) que existe a possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários aos acionistas da companhia no terceiro trimestre. A empresa disse ainda que está estudando oportunidades para atuar no mercado de geração distribuída de energia.

A Copel teve prejuízo de R$ 522,4 milhões no 2T22, revertendo o lucro líquido de R$ 957 milhões vistos em igual período do ano anterior. Segundo a empresa, o impacto tributário relativo a uma provisão para destinação de crédito de PIS e Cofins de R$ 1,2 bilhão explica o prejuízo.

Na teleconferência, o CEO da Copel, Daniel Slaviero foi questionado a respeito do prejuízo líquido e os impactos possíveis nos dividendos da Copel. Ele ressaltou que a política da companhia não prevê ajustes nos indicadores de lucro e Ebitda por efeitos não-recorrentes para o cálculo da distribuição de proventos.

Por outro lado, ele afirmou que a política estabelece a possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários, que será analisada no terceiro trimestre de 2022.

Na noite de terça (9), a empresa comunicou o impacto em comunicado separado, chamado de “Impactos da Promulgação da Lei Federal nº 14.385/2022 nos Resultados do 2T22”.

Segundo a Copel, o efeito líquido da legislação foi de R$ 1,2025 bilhão no segundo trimestre. A companhia destaca que, sem o impacto da lei, o lucro da Copel seria de R$ 666 milhões no trimestre e R$ 1,336 bilhão no semestre.

A companhia está estudando medidas cabíveis, inclusive judiciais, relacionadas ao tema, uma vez que entende que parte desses créditos são de direito da distribuidora, disse o CFO da Copel, Adriano Moura.

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Desempenho dos principais índices

Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:

  • Ibovespa hoje: +1,46%
  • IFIX hoje: +0,25%
  • IBRX hoje: +1,40%
  • SMLL hoje: +3,37%
  • IDIV hoje: +0,39%

Cotação do Ibovespa nesta terça (9)

Ibovespa fechou o pregão da última terça-feira (9) em alta de 0,23% aos 108.651,05 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Victória Anhesini

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