Ibovespa segue NY e fecha em alta, aos 118 mil pontos; Vale (VALE3) cai em dia de alta dos bancos e Via (VIIA3)

O Ibovespa fechou em alta de 0,43% nesta segunda-feira (17) na Bolsa de Valores brasileira, aos 118.219 pontos, após divulgação da prévia do PIB, que ficou abaixo da expectativa do mercado financeiro.

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O Ibovespa hoje seguiu o caminho das Bolsas de Nova York, que fecharam em alta nesta segunda (17).

  • Dow Jones: +0,22%;
  • S&P500: +0,38%;
  • Nasdaq: +0,93%.

O desempenho moderado das bolsas reflete a perda de força da economia chinesa no segundo trimestre, o que tende a reforçar expectativas de redução do PIB do país para perto da meta do governo, de 5%, ressalta Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Claritas. Agora, diz, os mercados ficam no aguardo de novas medidas de estímulo, mas “ainda não há sinais claros” nessa direção.

O PIB chinês teve alta anual de 6,3% no segundo trimestre, menor do que o crescimento de 6,9% esperado por analistas, e teve expansão de 0,8% na margem, apois 2,2% no segundo trimestre. Os dados elevam pressão de anuncio de novos estímulos por Pequim, o que tenderia a diminuir eventual queda do Ibovespa. Na sexta, fechou com recuo de 1,30%, aos 117.710,54 pontos.

“Os fracos números da economia chinesa no segundo trimestre impactam negativamente as ações e o mercado de commodities, exceto grãos por conta da decisão russa de se retirar do acordo que permitia as exportações ucranianas pelo Mar Negro”, cita em nota a MCM Consultores.

Além do PIB fraco chinês, os investidores avaliam o IBC-Br, que mostrou queda de 2,00% no quinto mês do ano, um recuo mais intenso até mesmo que o do piso das expectativas coletadas pelo Projeções Broadcast, de -1,20%. O teto era uma alta de 1,0%, com mediana negativa em 0,10%.

Em oposição ao IBC-Br com queda expressiva e ao recuo de 1,10% do IGP-10 em julho (ante mediana de -1,07%), a manutenção das projeções principalmente para IPCA no boletim Focus pode reduzir as estimativas de declínio de meio ponto porcentual na Selic em agosto. Desta forma, influencia para baixo algumas ações ligadas ao consumo.

Apesar da manutenção das estimativas na Focus (IPCA e Selic) e do recuo maior que o esperado do IBC-Br em maio, Ashikawa avalia que os indicadores não alteram sua projeção de queda de 0,25 ponto porcentual na Selic em agosto.

“O IBC-Br tem trazido resultados voláteis. Continuamos com projeção de alta de 2,2% do PIB em 2023. No caso da Focus, talvez o mercado esteja esperando novos dados para promover alterações”, diz o economista da Principal Claritas.

Entre as altas do Ibovespa hoje, lideram Raízen (RAIZ4), CVC (CVCB3) e Petz (PETZ3) que sobem 2,70%, 2,62% e 2,24% e 1,47%, respectivamente. A Via (VIIA3) corrige perdas e sobe 3,11%.

Os bancos sobem em bloco, à espera dos resultados do 2T23. Banco do Brasil (BBAS3) avança 0,50%, Santander (SANB11) ganha 2,46%, Bradesco (BBDC4) tem alta de 1,7% e Itaú (ITUB4) sobe 1,7%.

Enquanto isso, BRF (BRFS3) tomba 3,71%, Locaweb (LWSA3) cai 3,59% e Marfrig (MRFG3) recua 2,84%. Logo em seguida vem Petrobras (PETR4), que recua 2,10%, e Vale (VALE3) desvaloriza 1,90%.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Focus: estimativa de inflação para 2023 se mantém estável por 8 semanas seguidas

Em novo Boletim Focus publicado ao mercado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central, os analistas do mercado financeiro atualizaram suas projeções para a inflação, PIB e Selic do Brasil para 2023 e para os anos seguintes.

Enquanto a estimativa da Selic para 2023 continuou em 12,00% ao ano, para 2024 e 2025, as taxas continuaram em 9,50% e 9,00% ao ano, respectivamente.

Já as projeções de inflação se mantiveram, em sua maioria, iguais as da semana anterior, seja 2023, 2024 e 2026. Para 2025, porém, a estimativa caiu para 3,60%. Para 2023, a projeção fica 8 semanas seguidas em 4,95%.

Por fim, as projeções para o PIB tiveram reajustes para cima em quase todos os anos. De 2023 passou de 2,19% para 2,24%, de 2024 foi de 1,28% para 1,30%. Para 2025, a projeção saiu de 1,80% e foi a 1,88% e, de 2026, avançou de 1,88% para 1,90%.

Prévia do PIB cai 2% e fica abaixo das expectativas do mercado

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que funciona como uma prévia de performance do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, registrou uma baixa de 2,00% no mês de maio em relação a abril.

As informações foram anunciadas nesta segunda-feira (17), pelo Banco Central brasileiro, trazendo um resultado para a prévia do PIB abaixo das expectativas dos analistas do mercado financeiro, já que o consenso Refinitiv estimava estabilidade do indicador.

Na comparação com abril do ano passado, o IBC-Br registrou uma alta de 2,15%. Além disso, o indicador mostra um avanço de 3,61% em 2023 e de 3,43% nos últimos 12 meses.

Ibovespa nesta sexta (14)

O Ibovespa encerrou o pregão desta sexta (14) em queda de 1,30%, aos 117.710 pontos.

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João Vitor Jacintho

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